Veja lista de golpes contra o consumidor e saiba como evitá-los

Segundo a Febraban, fraudes principalmente nas transações digitais chegaram a registrar alta de até 271% no último ano.

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Os vários tipos de golpe contra os consumidores chegaram a triplicar durante a pandemia de coronavírus. Segundo a Febraban (Federação Brasileira de Bancos), grande parte das fraudes envolve a manipulação psicológica de vítimas para roubo de informações pessoais, como senhas e números de cartões.

Entre os mais comuns registrados no último ano estão o do falso motoboy, da troca de cartão, de pedidos de dinheiro pelo WhatsApp e da falsa central ou do falso funcionário de banco.

Para Adriano Volpini, diretor da comissão executiva de prevenção a fraudes da Febraban, as pessoas ainda têm um comportamento de segurança no mundo digital diferente do adotado no mundo físico, em que elas já se acostumaram a tomar cuidado com carteiras, pertences e celulares, em locais públicos e de grande movimentação. Mas esse discernimento não é tão comum no mundo digital como deveria, alerta.

No Dia do Consumidor, celebrado nesta terça-feira (15), para se informar e evitar cair nessas armadilhas, veja a seguir as orientações da Febraban sobre os principais golpes e como podem ser evitados:

Golpe do falso motoboy

Como é

O golpe começa quando o cliente recebe uma ligação de alguém que se passa por funcionário do banco e que diz que o cartão da eventual vítima foi fraudado. O falso funcionário solicita a senha e pede que o cartão seja cortado, mas que o chip não seja danificado. Em seguida, diz que o cartão será retirado na casa do cliente. Outro golpista aparece onde a vítima está e retira o cartão. Mesmo com o cartão cortado, o chip está intacto e os fraudadores podem utilizá-lo para fazer transações e roubar o dinheiro da vítima.

Como evitar

Os bancos nunca pedem o cartão de volta nem mandam portadores até sua casa para buscá-lo. Se receber esse tipo de ligação ou visita, não entregue nada a ninguém e ligue imediatamente para o seu banco, de preferência de um celular, para saber se existe algum problema com a sua conta.

Golpe da falsa central de atendimento

Como é

O fraudador entra em contato com a vítima e se passa por funcionário do banco ou empresa que ela utiliza. Ele diz que a conta foi invadida, clonada ou teve algum outro problema e, a partir daí, solicita os dados pessoais e financeiros da vítima. Pede que ela ligue para a central do banco, no número que aparece atrás do cartão, mas o fraudador continua na linha para simular o atendimento da central e pedir os dados da conta, dos cartões e, principalmente, a senha.

Como evitar

Se receber esse tipo de contato, desconfie na hora. Desligue e entre em contato com a instituição pelos canais oficiais, de preferência usando o celular ou aplicativos móveis, para saber se algo aconteceu mesmo com sua conta. O banco nunca liga para o cliente para pedir senha ou número do cartão e também nunca liga para pedir que se realize uma transferência ou qualquer tipo de pagamento.

Golpe no WhatsApp

Como é

Os golpistas descobrem o número do celular e o nome da vítima de quem pretendem clonar a conta de WhatsApp. Com essas informações em mãos, os criminosos tentam cadastrar o WhatsApp da vítima nos aparelhos deles. Para concluir a operação, é preciso inserir o código de segurança que o aplicativo envia por SMS sempre que é instalado em um novo dispositivo.

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Os fraudadores enviam uma mensagem pelo WhatsApp e fingem ser do serviço de atendimento ao cliente do site de vendas ou da empresa na qual a vítima tem cadastro. Eles solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, e afirmam tratar-se de uma atualização, manutenção ou confirmação de cadastro. Com o código, os bandidos conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular, têm acesso a todo o histórico de conversas e contatos. A partir daí, os criminosos enviam mensagens para os contatos, passando-se pela pessoa, e pedem dinheiro emprestado.

Desconfie de pessoas que pedem dinheiro ou seus dados por aplicativos de mensagem. Geralmente os golpistas apelam para alguma urgência falsa e pedem depósitos e transferências via Pix para contas de terceiros ou então para pagar alguma conta.

Como evitar

Primeiro, proteja o seu WhatsApp de invasões e clonagens. Nas configurações do aplicativo, clique em Conta, depois em Confirmação em duas etapas e ative essa funcionalidade de segurança com uma senha. Você diminui o risco de golpistas roubarem seu número. E nas configurações de privacidade, deixe a sua foto de perfil pública apenas para os seus contatos, assim ninguém a utiliza para golpes. Nunca compartilhe o código de segurança. Caso receba mensagens de parentes ou conhecidos com pedido de empréstimo, confirme a identidade de quem está do outro lado.

Golpe da troca do cartão

Como é

Golpistas que trabalham como vendedores prestam atenção quando você digita sua senha na máquina de compra e depois trocam o cartão na hora de devolvê-lo. Com cartão e senha, fazem compras usando o dinheiro da vítima. O mesmo pode acontecer com desconhecidos que oferecem ajuda no caixa eletrônico. Eles aproveitam de alguma dificuldade no terminal eletrônico para pegar rapidamente o cartão da pessoa e depois devolver um que não é o dela, ao mesmo tempo em que espiam a senha.

Como evitar

Fique sempre atento na hora das compras. Confira se é mesmo o seu nome impresso no cartão devolvido e, se possível, passe você mesmo o cartão na maquininha em vez de entregá-lo a outra pessoa. Nos caixas eletrônicos, procure funcionários do banco devidamente uniformizados e não aceite ajuda de desconhecidos.

Golpe do link falso

Como é

Um golpe em que normalmente ofertas muito atrativas chegam por email ou redes sociais como iscas para que os usuários informem seus dados como número de CPF, conta, cartões e senhas. Essas mensagens também podem instalar vírus e aplicativos que roubam seus dados por meio de links maliciosos e permitem que os golpistas acessem todas as suas contas.

Como evitar

Desconfie de mensagens que você não pediu nem aprovou e de ofertas em que o desconto é tentador demais. Fique atento ao email do remetente. Empresas de grande porte não utilizam contas privadas como @gmail, @hotmail ou @terra e entidades públicas sempre usam @gov.br ou @org.br. Em caso de links, confira se o endereço da página corresponde ao correto. Se tiver dúvida, não clique.

Golpe do falso leilão

Como é

Golpistas criam sites falsos de leilão para anunciar todo tipo de produto por preços bem abaixo do mercado. Depois pedem transferências, depósitos e até dinheiro via Pix para assegurar a compra. Geralmente apelam para a urgência em fechar o negócio, dizendo que você pode perder os descontos. Mas nunca entregam as mercadorias pagas. Além disso, os fraudadores podem se aproveitar para roubar informações importantes como CPF e número de conta das vítimas.

Como evitar

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Sempre pesquise a empresa de leilões em sites de reclamação e confira o CNPJ do leiloeiro. Nunca faça transações financeiras em sites que não tenham o cadeado de segurança no navegador e certificados digitais para transações, nem faça transferências para contas de pessoas físicas.

Golpe do falso empréstimo

Como é

Organizações criminosas se passam por falsas instituições financeiras e oferecem empréstimos com condições muito vantajosas para o consumidor. As quadrilhas fazem anúncios em sites na internet e oferecem crédito, com condições muito atrativas e prometem liberação fácil de dinheiro para consumidores negativados. Quando o interessado preenche o cadastro nesses sites fraudulentos, os bandidos entram em contato e pedem que ele assine um suposto contrato, mas, sem que o usuário perceba, colocam cláusulas que impõem multas, caso haja desistência. Para que o falso empréstimo seja liberado, os bandidos pedem o pagamento de taxas e impostos e dizem que a prática é normal.

Como evitar

A Febraban alerta que não existe nenhum tipo de empréstimo em que a pessoa tenha que fazer algum tipo de pagamento antecipado, seja de impostos, seja de preenchimento de cadastro ou de supostos adiantamentos de parcelas, e esclarece que esse tipo de abordagem é fraude. Em todas as operações de crédito regulares, o cliente recebe o dinheiro e não tem que pagar nada para obter o empréstimo. Desconfie de sites na internet que oferecem crédito com condições vantajosas. Sempre pesquise e verifique se a instituição é autorizada pelo Banco Central a oferecer empréstimos.


Fonte:

R7 com informações Febraban

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