Uma semana após tragédia, RS vai receber muita chuva nos próximos dias
Novo ciclone deve se formar nesta semana no estado gaúcho.
A previsão do tempo aponta que os próximos dias serão de muita chuva em todo o Rio Grande do Sul. De acordo com meteorologistas, a maior preocupação ocorre a partir desta terça-feira (12): diversas regiões do estado, incluindo o Vale do Taquari, podem registrar acumulados superiores a 100 milímetros até quinta-feira (14).
Em Lajeado, município da região, a previsão é de que o acumulado até a próxima quinta seja de 110 milímetros – cerca de 58% da média histórica para setembro. O Vale do Taquari sofreu danos intensos com as enchentes da primeira semana de setembro no estado.
Receba as notícias em seu celular! Entre em nossa comunidade no WhatsApp - Clique Aqui!
Após um domingo (10) de baixos acumulados no estado, uma nova frente fria já possibilitou o retorno da chuva nesta segunda-feira (11) em pontos da Fronteira Oeste, da Campanha, da Região Central e do Sul do estado.
A segunda ainda apresentou temperaturas em elevação em diversos pontos – como no caso da Região Metropolitana, que chegou a registrar mais de 30ºC em diversos municípios –, uma característica de uma condição pré-frontal, de acordo com os meteorologistas. Essa situação ocorre anteriormente à chegada de uma frente fria.
Essa condição aponta o início de um novo período de grandes chuvas neste mês, dizem os meteorologistas, incluindo a transformação de um sistema de baixa pressão com origem no Paraguai em um novo ciclone extratropical com atuação sobre o território gaúcho.,
Previsão para terça-feira
A chuva que retornou ao estado na segunda aumenta nesta terça, com grandes volumes esperados. Há alerta para tempestades por parte do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), com chance para temporais e chuvas volumosas até o fim desta manhã, especialmente nas regiões Central, Campanha e Sul.
Em Jaguarão, por exemplo, são esperados 160 milímetros de chuva apenas entre terça e quinta-feira; a média histórica de chuvas para setembro é de 115 milímetros no município.
A instabilidade gradualmente alcança todo o estado já durante a manhã, exceto pelo Norte e pela Serra, onde a previsão é de que pancadas de chuva de fraca a moderada intensidade ocorram somente a partir da tarde.
Essa instabilidade, iniciada com o avanço da frente fria durante a segunda-feira, será reforçada pela atuação de uma área de baixa pressão que está sobre o Paraguai.
Além da atuação dessa área, segundo a Climatempo, haverá fluxo constante de umidade em níveis baixos da atmosfera e um grande cavado meteorológico em níveis médios sobre a Argentina – todos elementos que aumentam a possibilidade da chuva.
As temperaturas diminuirão ao longo do dia e haverá no Rio Grande do Sul o que os meteorologistas chamam de mínimas invertidas, com as mais baixas temperaturas sendo registradas durante a noite na maior parte das regiões. As mínimas serão observadas à noite em Bagé, Porto Alegre, Rio Grande e Santa Maria, por exemplo, de acordo com a Climatempo.
Previsão para quarta e quinta-feira
Na quarta-feira (13), a atuação dessa área de baixa pressão ganha intensidade e passará a atuar como um novo ciclone extratropical e uma nova frente fria, se direcionando rumo ao Oceano Atlântico.
A previsão é de temporais e de chuva volumosa em praticamente todo o estado, com os maiores acumulados na Região Norte, além de Serra e Litoral Norte. Na Fronteira Oeste, o dia é chuvoso, mas as instabilidades perdem força ao longo do dia e a noite de quarta já deverá ser de tempo firme, situação que continuará ao longo da quinta-feira.
Pela manhã, a chuva seguirá intensa entre o Sul e a Campanha, com muita força também sobre o Noroeste do estado. Durante a tarde e a noite, ela também deve apresentar altos volumes sobre a Região Metropolitana, a Serra, o Norte e o Vale do Taquari – em Teutônia, estão previstos entre terça e quinta-feira 97 milímetros de chuva, o equivalente a 52% da média histórica para setembro na região.
Na quinta, exceto pela Fronteira Oeste, o território gaúcho deverá seguir apresentando pancadas de chuva intermitentes ao longo do dia. Esse fenômeno ocorre em função da presença de um cavado meteorológico sobre Santa Catarina, o que contribui para a formação de nuvens carregadas. O volume mais expressivo de chuvas deve ocorrer na Serra e em outros pontos do leste do território gaúcho, mas a atuação do ciclone sobre o Oceano Atlântico tende a provocar fortes ventos na faixa litorânea.