Uma das cobras mais venenosas do Brasil é resgatada dentro de tijolo em quintal de SC

Segundo biólogo, este foi um resgate trabalhoso e inusitado.

, 2.727 visualizações
Foto: Christian Raboch Lempek, Instagram, Reprodução
pp_amp_intext | /75894840,22657573340/EDER_LUIZ_AMP_02

Uma das cobras mais venenosas do Brasil foi resgatada dentro de um tijolo. A serpente foi vista “passeando” no quintal de uma moradora de Jaraguá do Sul, que chamou a Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) para fazer o resgate. O animal encontrado foi uma Micrurus corallinus, ou seja, uma coral verdadeira.

📱FIQUE POR DENTRO DAS NOTÍCIAS EM TEMPO REAL:

Após ser visto no quintal, a moradora pediu para que o resgate fosse feito. Porém, quando o biólogo Christian Raboch Lempek chegou ao local, não encontrou mais a serpente. Isso porque ela havia se escondido.

— Resgate bem inusitado no jardim de uma casa. A senhora acabou avistando uma cobrinha, mas aí até eu chegar ela já tinha se escondido. E, aí, até eu achar o animal, deu bastante trabalho. No fim, encontrei a cobra coral escondida dentro de um tijolo. Era grande, tinha cerca de 70 centímetros. E eu fiz uma bagunça [para procurar a cobra], mas pelo menos o bicho foi resgatado — comentou Lempek em um vídeo publicado nas redes sociais.

Após o resgate, a equipe de biólogos da Fujama observa o estado de saúde do animal e, se necessário, encaminha ao veterinário, caso contrário, o bicho é solto novamente na natureza, em local seguro, como ocorreu com a coral resgatada.

Mais sobre as corais verdadeiras

As cobras corais são uma das serpentes mais peçonhentas do Brasil e medem, em média, de 50 a 60 centímetros. Apesar de poderem causar acidentes, não são consideradas agressivas, têm hábitos diurnos, vivem em tocas ou embaixo de folhagens e só atacam quando são tocadas.

Inclusive, as corais-verdadeiras estão envolvidas menos de 1% dos acidentes ofídicos no Brasil. Isso porque tendem a fugir em situações de ameaça. Em caso de ataque, o veneno dessa cobra afeta principalmente o sistema nervoso, paralisando músculos como coração e diafragma.

Conforme o Instituto Butantan, os primeiros sintomas são visão turva, dificuldade na fala e dormência no local. O veneno dessa espécie tem ação neurotóxica, que afeta o sistema nervoso da vítima e causa paralisia respiratória. O tratamento é feito com soro fabricado pelo Butantan.


Fonte:

NSC

Notícias relacionadas