Um mês após sumir, corpo de mulher supostamente morta por marido em SC não foi localizado

A advogada Karize Ana Fagundes Lemos, de 33 anos, desapareceu no dia 29 de setembro.

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Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação/ND
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Há um mês a família da advogada Karize Ana Fagundes Lemos, de 33 anos, aguarda por respostas. A mulher desapareceu no dia 29 de setembro e foi supostamente morta pelo marido em Caçador, no Meio-Oeste de Santa Catarina. Porém, até o momento, nenhum corpo foi localizado.

O homem, de 24 anos, teria confessado a amigos, por meio de um áudio via WhatsApp, que assassinou a mulher e um suposto amante e desovou os corpos, um a 200 quilômetros de Caçador, e o outro a 100 quilômetros a frente de onde o primeiro corpo foi deixado.

O veículo do suspeito foi abordado no município de Guaíra, no Paraná, distante cerca de 673,2 km de Caçador, na manhã do dia 30 de setembro, onde o suspeito foi preso. Ele permaneceu em silêncio ao se interrogado.

Com o avanço das investigações, a Polícia Civil acredita que não exista um segundo corpo.

“As informações [do suposto duplo homicídio] seriam com base em conversas entre o suspeito e amigos. Não temos ainda a localização do corpo e não há uma confissão formal dele, apenas elementos que nos levam a crer que ele é o suspeito pelo crime”, comentou o delegado responsável pelo caso, Marcelo Colaço, em entrevista ao Cidade Alerta no dia 30 de setembro.

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Em entrevista ao Balanço Geral, o advogado de defesa da família, Felipe Yoshimi Cassiano Tukuda, diz que o duplo homicídio foi realmente descartado, uma vez que o suposto amante apontado pelo suspeito pelo crime teria sido encontrado trabalhando e seria um amigo próximo da advogada.

Livros de homicídio no carro do suspeito

No carro do suspeito de assassinar a esposa foram encontrados livros sobre assassinatos.

Entre os títulos encontrados no porta-malas do veículo estão a coleção ‘Mulheres Assassinas’ com livros como: Elize Matsunaga: A mulher que esquartejou o marido, Flordelis: a pastora do Diabo e Suzane assassina e manipuladora.

Ainda, é possível perceber o livro ‘Ted Bundy: Um Estranho ao Meu Lado’. A obra relata a história de um assassino em série que confessou ter matado, ao menos, 36 mulheres nos Estados Unidos durante os anos 1970.

Segundo o advogado, a família ainda aguarda a perícia do sangue encontrado na casa da advogada e também na maçaneta do carro do suspeito, que foi apreendido e está no Paraná. Os celulares da vítima encontrados no carro do homem também ainda não foram periciados.

A esperança da família ainda é encontrá-la viva, afirma o advogado, uma vez que nenhum corpo foi localizado até o momento. “Rezo e peço a Deus para ela estar viva, mas com o tempo, a gente vai perdendo as esperanças”, disse o pai da advogada, Rudnei Lemos, em entrevista ao ND Mais no dia 16 de outubro.

Além dos celulares, roupas da advogada foram encontradas próximo a Palmas, no Paraná.

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Conforme o advogado, a família não conhecia o atual esposo de Karize e não imagina o que realmente pode ter acontecido. “É preciso aguardar as perícias nos celulares para saber o que possa ter acontecido, mas não há um prazo para a realização dessa perícia”, comentou o advogado.

Segundo Felipe, o que preocupa é a possibilidade de o suspeito ser solto pela Justiça, uma vez que o pedido de manter a prisão teria sido indeferido. O suspeito segue preso em Guaíra e não há previsão de ser transferido para Caçador, onde só então deve ser interrogado pelo delegado catarinense.

OAB/SC acompanha o caso

A OAB/SC informou que está acompanhando a apuração do caso desde o início e, por intermédio da presidente da Seccional, Cláudia Prudêncio, tem mantido diálogo constante com o delegado-geral da Polícia Civil, Ulisses Gabriel.

A OAB/SC diz que tem confiança no trabalho que vem sendo realizado pela Polícia Civil e colabora para a elucidação do caso o mais breve possível.


Fonte:

ND+

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