Troca de hospitais e ‘atrocidade’: inquérito indicia mãe e padrasto por estupro de bebê em SC

Crime ocorreu na última semana em Laguna.

, 1.895 visualizações
pp_amp_intext | /75894840,22657573340/EDER_LUIZ_AMP_02

A Polícia Civil indiciou a mãe e o padrasto de uma bebê de 1 ano, que deu entrada no Hospital de Laguna, no Sul catarinense, em estado grave no último dia 21, pelo crime de estupro de vulnerável. O inquérito foi concluído no sábado (29) e remetido ao Poder Judiciário e ao Ministério Público para análise.

A mãe e o padrasto ainda devem ter pena aumentada, quando julgados, em razão do parentesco com a criança e pelo crime ter sido realizado por duas pessoas. Seguindo o ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), o ND+ optou por não divulgar o nome dos investigados para não expor a criança.

Receba as notícias em seu celular! Entre em nossa comunidade no WhatsApp - Clique Aqui!

Conforme detalhou a investigação, a violência contra a bebê ocorreu no dia 20, entre 18h e 23h, quando apenas a genitora e seu companheiro, com quem mantinha um relacionamento há dois meses, estavam no apartamento.

A polícia informou ainda que a bebê teve lesões, tanto vaginal quanto anal, e precisou passar por uma cirurgia para reconstituição. Segundo o pai biológico, a criança já está em casa e passa por um processo de recuperação.

Relembre o caso

O caso veio à tona na manhã do feriado de Tiradentes (21), após o Hospital de Laguna comunicar que, durante a madrugada, havia sido feito um atendimento emergencial numa criança com suspeitas de violência sexual, mas que a genitora, quando comunicada da situação, fugiu do local.

Logo, a polícia passou a apurar o caso e descobriu que a criança havia sido levada para um hospital em Criciúma, onde profissionais também apontaram a suspeita do crime sexual. A Polícia Científica confirmou a violência após exames.

No apartamento do casal, onde teria ocorrido o estupro, os investigadores encontraram o suspeito de 27 anos, que foi preso em flagrante. Segundo a polícia, o local já havia sido alterado, porém permanecerem vestígios importantes à investigação.

Após a prisão, a Dpcami (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) de Laguna deu sequência a investigação, com a coleta de depoimento de 13 pessoas, análise de prontuários médicos e solicitação de perícias.

Leia mais

Negligência

Um outro ponto que chamou a atenção dos investigadores é que a mãe da criança, apesar de ter sido informada sobre o crime, retirou a criança do Hospital em Laguna e a trouxe de volta para casa.

Segundo a investigação, a bebê só foi levada para um hospital em Criciúma, por volta das 10h do dia seguinte, ficando sem atendimento adequado por aproximadamente seis horas.

Além disso, a polícia apontou que o padrasto não acompanhou a criança nos hospitais e permaneceu no apartamento, onde o crime ocorreu; já mãe da bebê apresentou comportamento evasivo e questionou a suspeita médica.

Diante disso, a Polícia Civil solicitou a prisão preventiva da genitora, de 30 anos, que foi deferida pelo juízo e cumprida no dia 27. Após audiência de custódia, a prisão preventiva foi substituída por domiciliar. Já o companheiro permanece preso no Presídio de Laguna.

“Atrocidade”

pp_amp_intext | /75894840,22657573340/EDER_LUIZ_AMP_03

Conforme destaca o delegado William Testoni Batisti, que presidiu a investigação, “a atrocidade cometida contra a criança foi tamanha que demandou extremo profissionalismo dos policiais envolvidos, para que o caso não nos atingisse pessoalmente”.

Bebê em segurança, diz pai

O pai biológico da criança disse que ela já está em casa e tomando a medicação receitada. Ele revelou ainda que a guarda da bebê era compartilhada com a mãe, porém até que o processo seja concluído, o direito permanecerá apenas com o progenitor.

Fonte:

ND+

Notícias relacionadas

Falso médico é preso após fazer plantão em hospital de SC

Natural de Balneário Camboriú, suspeito usava registro profissional e nome de médico de SP.

Projeto do HUST participa de votação virtual de Orçamento Participativo 2025

A proposta prevê a aquisição de um que permite aos neurocirurgiões visualizar detalhadamente as estruturas cerebrais afetadas por tumores.

Justiça revoga prisão preventiva de Gusttavo Lima

Decisão foi tomada na tarde desta terça-feira pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão.

Prefeita de cidade catarinense tem perna amputada após complicações de trombose

Com 39 anos, ela já enfrentava um longo tratamento, que exigiu diversas intervenções cirúrgicas ao longo do tempo.