Tradicionalismo de luto - Morreu Rui Biriva
Tradicionalismo de luto - Morreu Rui Biriva
O tradicionalista Rui Biriva, que morreu na noite dessa segunda-feira, é velado no Plenário Otávio Rocha da Câmara de Vereadores de Porto Alegre. À tarde, o corpo seguirá para Horizontina - na Grande Santa Rosa -, cidade natal do músico, onde ele será sepultado em solenidade aberta ao público. Biriva, que deixa a esposa, Priscila, e o filho adolescente, Jerônimo, estava internado há 15 dias no Hospital de Clínicas, onde tratava um tumor no intestino grosso.
Entre os maiores sucessos da carreira de Rui Biriva estão Tchê Loco, Santa Helena da Serra, Birivas, Festança, Pé na Estrada, Amigo, Vamo Pegá, Castelhana, Quebrando Tudo, Canção do Amigo, Das Bandas de Horizontina e Tonto de Saudade. Cantor e compositor, Rui Biriva teve algumas de suas obras gravadas por Dalvan, Daniela Mercury, Os Nativos, Os Serranos, Osvaldir e Carlos Magrão, Gilberto e Gilmar, e Gaúcho da Fronteira. Gremista, Biriba mostrou sua paixão pelo clube em uma canção que compôs em 2009, na música Força Azul. O sucesso e o apelido, Biriva, vieram na década de 80. Em 1981 foi convidado pelo prefeito de Horizontina, Irineu Colato, seu professor na escola, para virar seu assessor em Brasília, depois que este se elegeu deputado federal. Logo depois, porém, o músico desistiu de trabalhar na capital federal, e pediu para ser transferido para Porto Alegre. Na Assembléia Legislativa, foi convidado a interpretar a música Birivas, na 4ª Seara da Canção, em Carazinho, em 1984. Aliada à interpretação do cantor, a composição vence a linha Galponeira do festival, e Biriva leva o prêmio de melhor intérprete do evento e o novo batismo, com seu nome associado à canção. Em 1986, recebeu o primeiro convite para trabalhar com uma gravadora nacional. Com a Continental, lançou seu primeiro álbum. No mesmo ano, obteve importantes prêmios em festivais nativistas, entre eles Califórnia, Tertúlia, Musicanto, Seara e Coxilha.