Temporais no RS forçam quase 900 pessoas a abandonarem casas
Estado gaúcho vive novamente o drama das chuvas, com médias próximas a 100mm.
Enquanto quase todo o país vive efeitos de uma seca histórica, o Rio Grande do Sul volta a sofrer com temporais quatro meses após a catástrofe climática que deixou quase todo o estado submerso. Segundo a Defesa Civil estadual, nos últimos dias, o volume intenso de chuvas levou 865 pessoas a deixarem suas casas: são 305 desabrigados e 560 desalojados em nove municípios, com 31 cidades registrando algum tipo de dano por conta das tempestades. De acordo com o Zero Hora, 48 municípios foram afetados no total.
A situação mais crítica é a de Camaquã, a 130 km da capital, Porto Alegre, onde houve uma microexplosão – corrente de vento descendente violenta que se espalha de forma radial ao atingir a superfície, explica o MetSul. No município, onde vivem pouco mais de 62 mil habitantes, 500 ficaram desalojados. Outros 200 perderam suas residências e foram encaminhados a abrigos públicos, informa O Globo. Diante dos estragos, as autoridades camaquenses decretaram situação de emergência.
Pelotas, no sul gaúcho, decretou quadro de emergência devido a duas barragens que apresentavam perigos de rompimento, e moradores do entorno deixaram seus imóveis. Segundo a prefeitura, a situação foi controlada.
Em Palmeira das Missões, no norte do estado, ao menos 150 casas foram destelhadas, de acordo com o g1. Segundo a Defesa Civil do município, as rajadas de vento chegaram a 103 km/h na noite de 4ª feira (25/9). Não houve registros de feridos.
Para 5ª feira (26/9), o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu três alertas de “grande perigo” e de “perigo” para as tempestades e acumulado de chuva. Além do volume elevado de água, o Climatempo chamou atenção para o risco de granizo para as regiões das Missões, Central, Vales e a Região Metropolitana, e ventos com rajadas de até 70 km/h, relata a Exame.
Um temporal causou transtornos em Porto Alegre, relata o g1. Houve alagamentos em diferentes regiões da capital, inclusive em bairros que ficaram debaixo d’água nas enchentes de maio. Eram esperados entre 70 mm e 90 mm de precipitação ao longo do dia. A média histórica de setembro é de 147 mm.
A Exame esteve no Rio Grande do Sul na 2ª feira (23/9) e ouviu de mais de um articulador que, por enquanto, as medidas de prevenção estão andando de lado, o que gera ainda mais preocupação com as tempestades atuais.