Depois de avaliar a situação com os secretários e a Defesa Civil, o prefeito de Videira – Wilmar Carelli decretou nesta sexta-feira (9), Situação de Emergência, em virtude das fortes chuvas que atingiram o município desde a última quarta-feira (7). A medida foi tomada após o Rio do Peixe, que corta o centro da cidade e passa por vários bairros, ter subido 5,43 metros, acima do nível normal, na noite de ontem e ter causado vários prejuízos. “Essa é uma medida de precaução, pois com o Decreto, caso seja necessário, poderemos contratar empresas para realizar em caráter emergencial serviços e obras necessárias para a recuperação da infraestrutura danificada, bem como auxiliar a população atingida”, explicou Carelli, ressaltando que o Decreto tem validade de 90 dias.

Durante todo o dia de hoje, com o tempo estável, centenas de servidores municipais trabalham na limpeza da cidade e auxiliam as famílias removidas com o retorno de suas mudanças. Segundo o coordenador da Defesa Civil – Gilmar Rissardi,o grande volume de água registrado nos últimos dias causou dezenas de pontos de alagamentos em vários bairros da cidade. Os mais atingidos foram o Centro, Panazollo, Pedreirinha, Carboni, Alvorada, De Carli, Vista Alegre, Cibrazém, Farroupilha e Rio das Pedras. Cerca de 60 famílias foram removidas de suas casas e oito delas foram alojadas em um abrigo público montado na Escola Municipal Paulo Fioravante Penso. Lá foram atendidas pelo Departamento de Ação Social, que providenciou colchões, cobertores e alimentos. O restante das famílias preferiu ir para casa de parentes, vizinhos e amigos. Os prédios públicos também foram atingidos. A Fundação Municipal de Esportes (FMEV) ficou parcialmente alagado, assim como o prédio da Secretaria de Agricultura. O sistema de energia elétrica da Prefeitura também foi atingido e o expediente não aconteceu no período da manhã desta sexta-feira. Para atender todos os atingidos, a Prefeitura de Videira, através da Defesa Civil Municipal montou um “QG”, junto ao Corpo de Bombeiros, onde todas as ações foram centralizadas. “Mobilizamos dezenas de pessoas entre bombeiros, policiais militares, servidores municipais e voluntários, para ficarem de sobreaviso. Passamos a madrugada monitorando os pontos mais críticos e atendendo a população, e graças a Deus não houve nenhuma situação mais grave”, explica Rissardi.