Tendo em vista o enfrentamento ao Covid-19, desde o dia 12 de março, após a declaração de pandemia pela OMS, o sindicato dos bancários iniciou as negociações com os Bancos para de imediato adotar medidas de proteção aos trabalhadores bancários, dentre elas, distanciamento social, isolamento social, tele trabalho, contingenciamento do quadro de trabalhadores para diminuir exposição, uso de EPIs, álcool gel dentre outras, bem como suspensão na cobrança das metas haja vista, que o momento é incompatível com a cobrança por produtividade, diante dos inúmeros fatores que prejudicam os bancários.

De lá para cá mais de um mês se passou e muitas avanços foram conquistados graças a representação sindical junto aos bancos. Além das máscaras cirúrgicas que passaram a ser exigidas pela portaria 192 de SC, houve a ampliação para uso concomitante das máscaras fabricadas em polímero transparente compondo dupla camada de proteção aos bancários. Também foi requisitado aos bancos a instalação de proteção em acrílico nos caixas e mesas de atendimento ao público para que se ampliasse os mecanismos de segurança. No dia 13 de abril os bancos sinalizaram positivamente a esses pedidos.

A MP 927 regulamentou a antecipação de férias, a implementação do banco de horas, suspenção do contrato de trabalho, medidas importantes para preservação do emprego, porém excluiu os sindicatos do acompanhamento dessas implementações, ocorrendo muitas reclamações por parte dos bancários que não puderam negociar com o banco, sendo as férias impostas de acordo com o interesse apenas dos bancos, recaindo o ônus da pandemia apenas sobre o trabalhador, sendo justo a divisão do ônus. Mesmo excluído das negociações o sindicato procurou intervir.

De acordo com Rodney Tosi, presidente do sindicato dos bancários de Joaçaba, os Bancos acumulam records de lucro ano após ano, e no momento de crise, preferem transferir o ônus apenas para os trabalhadores.

“Uma conquista do movimento sindical bancários em meio à crise, foi a suspensão de demissões no período da pandemia, para que os trabalhadores possam trabalhar com maior segurança financeira e emocional. O melhor caminho para solução de conflitos de interesses sempre foi a negociação. Os bancários estão sendo prejudicados sem a negociação quando a MP exclui a representação sindical da representação da categoria”, diz.

Outra preocupação é com a saúde dos bancários em relação a vacinação da gripe, como meio de proteção à saúde dos bancários e facilitar o diagnóstico de Covid-19 em caso de contaminação de algum trabalhador. Alguns bancos estão disponibilizando gratuitamente, outros estão reembolsando entre 40 e 50 por cento do valor e outros até o momento não se manifestaram à reivindicação do sindicato.

“Também estamos contribuindo com o esclarecimento da população da necessidade de ir ao banco somente em extrema necessidade sempre evitando aglomerações na frente das agências, haja vista, que dentro das agências as entradas estão ocorrendo de forma escalonada e organizada para melhor atender a população e para segurança do usuário e do trabalhador”, diz

Caso algum usuário ou trabalhador observar irregularidades ou descumprimento das normas de segurança tanto nos bancos ou outros setores da economia local, orienta-se denunciar a vigilância sanitária e as polícias militar e civil, as quais estão investidas como autoridades de saúde para fiscalização conforme decreto estadual de nº 562 de 17 de abril de 2020.

“O sindicato também procurou a assistência social do município para em conjunto com Caixa, conduzirem ações conjuntas para melhor orientar e atender a população que está buscando o auxílio emergencial. Fica o registro do importante papel exercido pelos bancários e bancárias da caixa que nesse momento estão exercendo um importante papel para a sociedade, enquanto empresa pública tão injustamente criticada, mas que tem uma participação fundamental para atuar em benefício do povo brasileiro”, finaliza Rodney Tosi.