SCGás prevê queda de 40% no preço do gás natural em SC

Embaratecimento ocorrerá gradualmente até o fim de 2024.

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Imagens: SCGás/Divulgação/ND
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O preço do gás natural em Santa Catarina irá diminuir em média 40% até o fim de 2024, assegura a SCGás (Companhia de Gás de Santa Catarina). A redução será gradual, com embaratecimentos seguidos a cada semestre do ano. As reduções estão previstas em contrato firmado com a Petrobrás, fornecedora do insumo.

Os preços são atualizados semestralmente, em janeiro e julho de cada ano. “Nos próximos quatro reajustes, em janeiro e julho de 2023 e 2024, estão previstas reduções de 10% em média, em cada ocasião. Totalizando 40% em dois anos”, explica Willian Lehmkuhl, presidente da SCGás.

Os reajustes atingem todos os setores – residencial, comercial, automotivo industrial. Cada segmento tem uma política de preços independente, entretanto todos devem registrar a redução média de 40%.

A primeira redução já foi firmada, na última semana. A tarifa do GNV (Gás Natural Veicular) foi reduzida em 11% em Santa Catarina.

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Preço na bomba deve cair R$ 2

Ao fim de 2024 os motoristas que abastecem com gás natural pouparão cerca de R$ 2 por m³. Cada reajuste de 10% diminui em média R$ 0,50 do valor praticado nas bombas, afirma Lehmkuhl. Levando em conta valores praticados hoje, o preço por m³ deve passar de R$ 5,50 para R$ 3,50.

A Companhia acredita que reconquistará consumidores do gás natural que deixaram de utilizar o combustível por conta do encarecimento registrado desde o início da pandemia. Os valores devem se assemelhar ao que era praticado no início de 2020.

Será um alívio para o mercado, pois vamos recuperar a competitividade do gás natural frente à gasolina. No ano passado, o preço da gasolina caía e o do gás natural aumentava. Agora é o momento que o combustível encarece, e o preço do gás natural cai”, afirma o presidente da SCGás.

Mudança contratual é a responsável pelo encarecimento

A escalada nos preços até então decorreu da mudança de contratos, de acordo com a SCGás. Em 2020, nas primeiras semanas da pandemia de Covid-19, expirou o contrato que previa importação de gás da Bolívia, que era mais barato. O produto parou de ser ofertado.

Com isso, a SCGás passou a ser regida por um novo contrato que previa abastecimento de um “mix” de gás – o insumo passou a vir de diferentes países e, depois, a ser misturado. Com isso as taxas de importação elevaram, o que acabou afetando o preço final.

“O país consome cerca de 100 milhões de m³ por dia. A produção nacional não é suficiente para dar conta”, explica o presidente. Com a guerra na Ucrânia, os preços alcançaram novo pico, restrito ao segundo semestre de 2022.

Apesar da guerra ainda estar em curso, o impacto no contrato firmado entre a SCGás e a Petrobrás estabeleceu aumento somente no segundo semestre de 2022. Aos demais períodos do ano estão previstas reduções. A SCGás assegura que a redução será repassada ao consumidor.

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ND+

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