SC tem 85% de todas as UTIs ocupadas e 21% dos hospitais superlotados

Região Oeste se aproxima do colapso do sistema de saúde pública, com 98% dos leitos ocupados em todos os hospitais.

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Com os dados desta quarta-feira (17), Santa Catarina apresenta 85% dos leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da rede pública ocupados, e 21% dos 55 hospitais em todo o território catarinense estão superlotados, sem nenhum leito disponível.

Isso reflete o panorama crítico dos últimos dias, que tiveram aumento gradual da lotação hospitalar, especialmente no Oeste, onde são 98% dos leitos ocupados, beirando a completa lotação de uma região inteira.

Na região, somente o Hospital Regional do Oeste, em Chapecó, e o Hospital São Francisco, em Concórdia, estão com leitos disponíveis, sendo seis no total. Todos os outros seis estão sem nenhuma vaga disponível.

A situação mobilizou o governador Carlos Moisés (PSL) à região que, globalmente, está com 94% das UTIs com pacientes, maior índice do Estado.

“O contágio é muito veloz, as pessoas que estão indo para a UTI não são mais os idosos ou quem tem alguma comorbidade, são recém nascidos, crianças, jovens, homens da média idade. Não tem critério nenhum, o contágio é avassalador”, disse o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), nesta terça (16).

Além disso, outras regiões como a Grande Florianópolis, também sofrem com a lotação alta nos hospitais. Dos 12 hospitais públicos da região, três atingiram lotação máxima.

Esse número, de unidades superlotadas, pode aumentar ou cair drasticamente em cada atualização diária, considerando a grande quantidade de unidades que estão com 90% ou dos seus leitos de UTI ocupados – atualmente, 14 hospitais -ou mais.

Hospitais que estão totalmente lotados em SC

  • Hospital de Bethesda, em Joinville
  • Hospital Divino Salvador, em Videira
  • Hospital Florianópolis
  • Hospital Maicé, Caçador
  • Hospital Regional Helmuth Nass, em Biguaçu
  • Hospital Regional São Paulo, em Xanxerê
  • Hospital Santa Isabel, em Blumenau
  • Hospital Santa Teresinha, em Braço do Norte
  • Hospital São José, em Maravilha
  • Hospital Terezinha Gaio Baso, em São Miguel do Oeste
  • Maternidade Carmela Dutra, em Florianópolis
  • Maternidade Darcy Vargas, em Joinville

Das unidades acima, as duas maternidades não possuem pacientes da Covid-19 em seus quadros, sendo que elas não ofertam leitos adultos.

Em toda a rede pública do Estado, são 627 pacientes da Covid-19 internados. Se forem analisados os leitos exclusivos para tratar o vírus, o número de hospitais lotado sobe de 12 para 21.

São justamente esses leitos, os especiais para a Covid-19, que são utilizados para aferir o risco de cada região, sendo tomados como o parâmetro de “capacidade de atenção”.

Na última atualização do mapa de risco, na sexta (12), as autoridades de saúde indicaram que 10 das 16 regiões analisadas estavam em risco gravíssimo no quesito, incluindo toda a porção Oeste.

Grande Florianópolis ganhará fôlego pelo Governo de SC

O Governo de Santa Catarina pretende reativar 21 leitos de UTI que foram desativados na região da Grande Florianópolis em 2020, considerando a alta taxa de internação na região. Segundo o Covidômetro, a capital tem 91% dos seus 200 leitos ocupados.

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“Florianópolis também está recebendo um impacto muito grande. Estamos no meio da pandemia, como temos alertado há muito tempo. Houve velocidade de transmissão e por consequência a necessidade de internações em terapia intensiva”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro.

Juntamente com o governador e outros membros da pasta, Motta ribeiro está no Oeste, que se aproxima do colapso do sistema público de saúde.

“Lembramos que Florianópolis tem 21 leitos que necessitam estar ativos e os hospitais não o fizeram. Estamos cobrando essa ativação imediatamente”, afirma.


Fonte:

ND Online

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