SC gasta valor bilionário para consertar carros destruídos em acidentes de trânsito; entenda

Indenizações de seguros para veículos em SC chegaram a R$ 1,1 bilhão até agosto.

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Foto: GMF, Divulgação
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Santa Catarina registrou, no período de janeiro a agosto deste ano, arrecadação de R$ 2,1 bilhões com a aquisição de seguros para automóveis, a sexta maior cifra do Brasil nesse segmento. Mas, no mesmo período, gastou R$ 1,1 bilhão em indenizações, o quinto maior valor do país. Os dados são da Confederação Nacional de Seguradoras (CNseg).

No ranking de receita de seguro para automóvel, SC aparece atrás de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná. No caso do pagamento de indenizações, fica atrás de São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, o que significa um gasto maior do que a média.

Esse valor para sinistros no Estado é pago principalmente em consertos de veículos envolvidos em acidentes de trânsito, informam empresas que atuam no setor. Isso porque, como Santa Catarina é um dos estados mais seguros do Brasil, dificilmente ocorre perda total devido a furto.

Em Santa Catarina, o índice de sinistralidade é alto porque, geralmente, as famílias têm mais de um carro. Mas é sinistralidade principalmente devido a colisões. Os casos de furto são raros. E, quando ocorrem, o carro aparece dias depois, explica o empresário Wolney Weber, sócio da Corretora São José da Terra Firme, de São José, na Grande Florianópolis.

Outro fator que está influenciando nesse alto valor geral pago a sinistros é o custo. Conforme o empresário Robson Baron, proprietário da Baron Seguros, de Blumenau, os custos das peças de veículos ficaram muito altos depois da pandemia, em Santa Catarina. Segundo ele, a maioria dos sinistros é para consertos em função de colisões.

Os valores das peças subiram muito. Uma loucura! Antes da pandemia, os consertos de carros que tinham colisão custavam, em média, R$ 3,5 mil. Depois da pandemia, subiram para R$ 12 mil ou mais, explica Robson Baron.

Com atuação maior em Blumenau e região, ele diz que a empresa dele teve poucos sinistros em função das chuvas do mês de outubro. Foram dois veículos com perdas totais.

Tanto a corretora Baron, quanto a São José da Terra Firme atuam em todo o Brasil na oferta de diversos seguros, incluindo veículos, empresas e residências, embora trabalhem mais na Região Sul. Isso está sendo possível graças às redes sociais e digitalização bancária, que permitem fazer tudo virtualmente.

Atualmente, somente cerca de 33% dos proprietários de automóveis fazem seguro no Brasil. Isso porque esse serviço ficou muito caro para quem adquire um automóvel, especialmente os consumidores jovens, que enfrentam seguros mais caros, em torno de R$ 4 mil por ano, observa Robson Baron.

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Em outros países, com mercados mais ricos, o percentual de seguros é maior. Em alguns países, o comprador é obrigado pelo menos a adquirir seguro contra terceiros. No Brasil não. A expectativa das seguradoras é que cada vez mais proprietários de carros optem por seguro no país.  

Fonte:

NSC

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