Rogério Sganzerla - 20 anos após sua morte o cineasta joaçabense segue lembrado com um dos maiores do Brasil
Do primeiro livro aos 7 anos até os mais de 20 filmes que fizeram história, conheça a carreira do ilustre joaçabense!
Rogério Sganzerla, cineasta nascido em 1946, em Joaçaba, deixou uma marca indelével na história do cinema nacional. Conhecido por sua abordagem ousada e experimental, Sganzerla foi uma figura central no movimento do Cinema Marginal, que desafiou as convenções estabelecidas nos anos 60 e 70.
O talento aflorou cedo em sua vida, em 1954 e aos setes anos, Rogério foi sozinho a uma tipografia em Joaçaba. O motivo: queria imprimir um livro! Entregou ao tipógrafo quatro pequenos contos que escrevia escondido de seus pais e saiu de lá com sua primeira publicação, chamada Novos Contos. Era o começo do que o transformaria em pilar do cinema nacional.
Sua obra mais célebre, O Bandido da Luz Vermelha (1968), tornou-se um ícone do cinema brasileiro ao mesclar influências do cinema noir e da nouvelle vague. O filme, concebido quando ele tinha apenas 22 anos, baseado em crimes reais, do assaltante também catarinense João Acácio Pereira da Costa, desafia as expectativas narrativas e técnicas da época, marcando o início da trajetória inovadora de Sganzerla.
Ao longo de sua carreira, Sganzerla dirigiu mais de 20 filmes, explorando temas sociais, políticos e culturais de maneira provocativa. Suas obras muitas vezes desafiavam o espectador a repensar conceitos estabelecidos, destacando-se pela estética arrojada e pelo compromisso com a experimentação cinematográfica.
Além de sua contribuição como cineasta, Sganzerla foi um crítico e teórico dedicado, influenciando gerações subsequentes de cineastas brasileiros. Seu impacto no Cinema Marginal transcendeu fronteiras, consolidando-se como uma voz única e influente na cinematografia nacional.
Sganzerla morreu, aos 57 anos, em 9 de janeiro de 2004, em decorrência de um câncer no cérebro. Apesar de sua morte prematura, o legado de Rogério Sganzerla perdura. Seu trabalho continua a inspirar cineastas contemporâneos, evidenciando sua importância duradoura e sua contribuição vital para a riqueza e diversidade do cinema brasileiro.