Quem são os primeiros imunizados com a vacina de Oxford na Fiocruz
Infectologista Estevão Portela e pneumologista Margareth Dalcolmo foram os primeiros imunizados em cerimônia simbólica neste sábado (23).
O infectologista Estevão Portela e a pneumologista Margareth Dalcolmo foram os primeiros vacinados pela Fiocruz, que iniciou neste sábado (23) as imunizações com a vacina da Oxford/AstraZeneca.
O primeiro imunizado, Estevão Portela, é um médico pesquisador que vem atuando no Complexo Hospitalar de Covid no Instituto Nacional de Infectologia (INI).
Margareth Dalcolmo foi a segunda vacinada, ela é médica e pesquisadora da Fiocruz. Incansável no combate à pandemia da Covid-19, Margareth participou de diversos programas de TV e lives ao longo de 2020 com o intuito de passar para a população informação de qualidade. Ela também escreveu muitos artigos sobre a doença.
A médica Sarah Ananda Gomes foi a terceira a ser imunizada. Ela tem ascendência indiana e é coordenadora da equipe de cuidados paliativos no Hospital Felicio Rocho, em Belo Horizonte, onde participou das comissões de crise da Covid-19.
A família paterna da médica paliativista Sarah Ananda Gomes é de Goa, no sul da Índia. O pai dela, Elson Gomes Junior, é cônsul geral honorário da Índia em Minas Gerais, e o irmão, Leonardo Ananda Gomes, exerce a mesma função no Rio de Janeiro. Sarah disse que está muito feliz e honrada em representar a República da Índia em um momento tão importante para o Brasil.
Lembrei de todos pacientes, dos parentes e dos profissionais de saúde que estão nessa batalha diária. É muita emoção. Eu estou muito honrada e muito orgulhosa dessa relação entre os dois países que eu amo, disse Sarah após a vacinação, emocionada.
Em seguida, foram vacinados:
Patricia Celestino dos Santos, enfermeira;
Ana Paula Guimarães Gomes, médica infectologista;
Joacir Cardoso de Almeida, técnico de enfermagem;
Juliana Coratini Matuano, assistente social;
Juliana Lins Benício, auxiliar de serviços gerais;
Patricia Rodrigues Fidalgo, assistente social;
Marcos dos Santos, auxiliar de apoio.
Cerimônia simbólica
A cerimônia ocorreu de forma simbólica, horas depois do desembarque de 2 milhões de doses da vacina Oxford/AstraZeneca no Rio.
O carregamento foi produzido no Instituto Serum, na Índia, e passou por um procedimento de análise de segurança na Fiocruz antes de ser liberado ao Ministério da Saúde, que vai distribuí-lo aos estados. até domingo (24).
Logo após ser vacinada, Dalcolmo disse que o país poderá celebrar — de verdade — quando tiver uma cobertura vacinal significativa.
Pensei que vai chegar um dia que realmente poderemos comemorar. Hoje é um dia simbólico. Nós vamos comemorar de verdade quando tivermos 70% da população vacinada, disse Dalcolmo.
A especialista aproveitou o momento para homenagear os profissionais da Saúde que passam por momentos dificílimos na linha de frente.
Ela repetiu que todas as vacinas aprovadas são seguras e estimulou a população a confiar na ciência.
Qualquer movimento que desestimule a população ou as pessoas a não tomarem a vacina, que é a única solução capaz de interromper a cadeia de transmissão e controlar uma pandemia desta magnitude, está fazendo um desserviço, uma desumanidade. Algo injustificável. Considero os movimento anti vacina marginais e sem nenhuma possibilidade de defesa, criticou.