Programação marca três anos do acidente da Chapecoense
Lírios serão plantados, além de caminhada com velas e celebrações religiosas.
Está sexta-feira, 29 de novembro, será um dia de homenagens em Chapecó. Na data se completarão três anos da tragédia aérea com o voo da Lamia, que caiu próximo a Medellín, na Colômbia. A aeronave levava a delegação da Chapecoense e convidados. No acidente, 71 pessoas morreram e seis sobreviveram.
Para marcar a data, familiares das vítimas, Associação Chapecoense de Futebol e prefeitura de Chapecó estão organizando homenagens. O evento começa a partir das 19h no átrio Daví Barella Dávi, espaço entre as alas Norte e Oeste da Arena Condá, que foi idealizado por familiares do homenageado, uma das vítimas do acidente e que era conselheiro do clube.
No local os familiares plantarão lírios da paz, com o nome das vítimas. A planta foi escolhida por transmitir paz e serenidade.
Posteriormente haverá uma caminhada da Arena Condá até a Catedral Santo Antônio, onde será realizado um momento de reflexão nas escadarias, com a presença de líderes religiosos. Nesta caminhada também estarão presentes torcedores, que tradicionalmente percorrem esse trajeto no dia 29 de novembro.
Dahyane Pallaoro, filha do ex-presidente Sandro Pallaoro, disse que esse é um momento de união para lembrar de momentos tristes mas também alegres.
— É difícil esse tempo, principalmente para nós, que moramos em Chapecó, o pai faz muita falta na nossa rotina, ele organizava tudo. É um misto de sentimentos. Tristeza mas também muito orgulho pelo que ele construiu. Ele deixou um legado e isso nos conforta — afirmoueo da Chapecoense, na Colômbia, completa três anos nesta sexta-feira. Em 29 de novembro de 2016, o avião que levava a delegação da Chape, convidados e jornalistas para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana, caiu nas proximidades de Medelin. Foram 71 mortos e apenas seis sobreviventes. Até hoje as famílias das vítimas cobram pelos seguros da companhia áerea LaMia, da Bolívia, contratada pelo Verdão do Oeste para o transporte para a partida que não aconteceu.
Acidente
O avião da LaMia deixou Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, com destino a Colômbia. Às 2h58min (de Brasília) do dia 29 de novembro a aeronave perdeu altitude, caiu e bateu no Cerro El Gordo (depois rebatizado de Cerro Chapecoense) quando se aproximava do aeroporto José Maria Córdova.
Sobreviventes
Entre os seis que sobreviveram ao acidente da Chapecoense, três faziam parte do elenco do time, um era jornalista e dois eram da tripulação do voo LMI2933 da LaMia
Alan Ruschel - Voltou a jogar em agosto do ano seguinte. No segundo semestre deste ano defendeu o Goiás na Série A do Brasileirão por empréstimo.
Jakson Follman - O goleiro teve a perna direita amputada. Virou embaixador da Chapecoense e exemplo de superação, pela forma que lida com o ocorrido na Colômbia. Nos últimos tempos ele tem feito sucesso na participação no programa PopStar, da Rede Globo
Neto - O zagueiro passou por cirurgias e tenta voltar a jogar futebol em alto nível desde o acidente.
Rafael Henzel - Único sobrevivente entre os 20 profissionais de imprensa que sobreviveram, ele retornou ao trabalho meses depois, no começo do ano seguinte. No entanto, em março deste ano, morreu ao sofrer um infarto fulminante enquanto jogava futebol com amigos, em Chapecó.
Erwin Tumiri - técnico da aeronave, o boliviano se afastou dos holofotes. Busca ser piloto comercial de aviões.
Xemena Suarez - auxiliar de voo, também boliviana, tenta retomar a vida de antes do acidente. Ela é agente de tráfego aéreo no país natal e espera voltar a voar como tripulação.
Investigação
Quase cinco meses depois do acidente da Chapecoense, a Aeronáutica Civil da Colômbia apresentou o relatório final sobre a tragédia. A queda do avião ocorreu por falta de combustível. Cerca de 40 minutos antes da queda, a situação já era de emergência. A quantidade de combustível era inferior ao necessário para o trajeto. O controle de tráfego aéreo desconhecia a situação do voo. Funcionários da LaMia foram apontados como culpados pelas graves falhas técnicas.
A Associação Chapecoense de Futebol não foi responsabilizada pelo acidente, uma vez que atuou apenas contratante da empresa de transporte aéreo.