Professora dá dicas de como driblar a ansiedade na quarentena

'Esse momento nos convida a aceitar nossas limitações, reconhecer nossa fragilidade', afirmou.

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Ilustrativa - Imagens: Rede Catarinense de Notícias
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O período de quarentena e distanciamento social causado pelo Coronavírus pode ocasionar crises de ansiedade e estresse em algumas pessoas. Segundo a professora de psicologia da Estácio São José, Adriane Schein, o primeiro passo é distinguir o medo da angústia. 

O medo é algo que nos leva a ter um certo cuidado frente a situações de perigo, o que permite que possamos controlar nosso impulso de sair às ruas neste período ou manter nossa rotina dentro das recomendações de higiene e isolamento. A angústia já apresenta outras características. Trata-se de algo interno, que acrescenta novas características ao medo, explicou. 

De acordo com Adriane, uma pessoa que recebeu a informação de uma epidemia, além de saber das consequências do adoecimento, passa a fantasiar, de acordo com imagens ou registros de sua memória pessoal, sobre a doença. Este pode ser o desencadeador de preconceitos, sintomas e fantasmas que há muito estavam guardados em nossa mente, alguns desde a infância, complementou. 

Durante a quarentena, nem sempre contamos com a presença de um ouvinte atento que possa dar suporte às nossas reflexões e inquietações, porém vários profissionais têm colocado seus serviços à disposição pela internet. Desta maneira as pessoas encontram acolhimento e um canal de comunicação, onde possam falar sobre o que se passa, sem risco de julgamento ou quebra de sigilo.

Devemos ainda considerar todas as manifestações culturais e artísticas. Assistir um filme, ler um livro ou ouvir uma música, tudo pode contribuir para expressar os conflitos psíquicos, evitando por vezes, o adoecimento emocional, afirmou a professora. 

Segundo ela esse momento nos convida a aceitar nossas limitações, reconhecer nossa fragilidade e, mesmo assim, descobrir estratégias pessoais para preencher o tempo e o espaço doméstico a partir de todas as transformações pessoais e sociais que este momento está nos impondo, complementou.

Dicas da OMS 

Entre as recomendações feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) está o controle no consumo de informações. O ideal é evitar o exagero e, principalmente, não consumir notícias falsas, que possam causar ansiedade ou estresse. Em vez disso, a recomendação é procurar informação para medidas preventivas. 

Outra dica para driblar a ansiedade, e em alguns casos a solidão da quarentena, é apostar no bom uso das tecnologias. Usar a internet para se aproximar dos amigos ou familiares é uma das formas de distrair e manter o convívio social, mesmo que de forma virtual.

Fonte:

RCN

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