Professor universitário do Oeste cria três jiboias dentro da própria casa

A maior serpente tem 3 metros de comprimento.

, 12.624 visualizações
pp_amp_intext | /75894840,22657573340/EDER_LUIZ_AMP_02

Um morador de São Miguel do Oeste, no Oeste catarinense, divide a própria casa com três jibóias e cão. O professor universitário, Jackson Preuss, de 33 anos, apelidou as jiboias da espécie Boa constrictor constrictor, de Morena, Felipex e Jenifer. A cachorra Beca, da raça Blue Riller, completa o quadro de moradores da casa do biólogo.

Sem dúvidas o que mais dá trabalho é o cachorro. A Beca é um animal extremamente ativo que dá muito mais trabalho. As cobras exigem uma alimentação bem esporádica, uma vez por mês. Elas são animais extremamente tranquilos, já o cachorro precisa de um cuidado diário, afirma Jackson.

Jenifer é a maior do grupo, com três metros, logo após vem Morena com aproximadamente dois metros e o macho, Felipex, com 1,70 metro.

Animais possuem espaço reservado na casa do biólogo — Foto: Jackson Preuss/Arquivo Pessoal

As jiboias foram adquiridas em um criatório legalizado e que tem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), explica o biólogo.

Jackson afirma que a decisão de criar os animais exóticos veio com o intuito de que as pessoas tivessem mais contato com serpentes.

Durante a graduação eu tentava falar sobre as serpentes, mas percebia que as pessoas tinham muito medo, fobias e crendices sobre esses animais. [Isso acontecia] Muito pela pessoas não conhecerem ou nunca terem visto um animal deste. O objetivo de adquiri-las de que as pessoas na nossa região tivessem mais contato com estes animais, conhece-los e perderem o medo, explica.

Jenifer é a mais velha, tem 16 anos, e foi o primeiro animal da espécie a morar com Jackson. Morena, de 11 anos, e Felipex, de 8, vieram logo depois. O biólogo explica que a estimativa de vida destes animais é de 25 anos.

As duas fêmeas são criadas no mesmo recinto e o macho é criado em um local separado. Até para evitar problemas de reprodução, o que não permitido pelo órgão ambiental, disse.

Uso das redes sociais

Com 16 mil seguidores, Jackson faz postagens divertidas e informativas sobre como é viver com os animais em casa. O biólogo aposta na internet para promover a conscientização ambiental.

Utilizo as redes sociais como um instrumento de divulgação científica. No passado quando se falava em ciência a gente pensava em artigos e laboratórios. Mas percebi que uma importante ferramenta de valorização e divulgação científica são as redes sociais. Esses vídeos são fundamentais e as vezes aproximam das pessoas uma ideia que estava distante delas, explica.

Cuidados

Por não serem pets habituais, Jackson afirma que alguns cuidados especiais são adotados para garantir a saúde e o conforto dos animais.

A alimentação de Morena, Felipex e Jenifer funciona a base de roedores e coelhos, específicos para este fim, que são comprados já abatidos e congelados pelo tutor.

Exigem um cuidado diferenciado principalmente com a temperatura, a umidade dos recintos e a dieta dos animais. Além disso, eles precisam de um certo cuidado na hora do manejo. Ser biólogo facilita um pouco nestas questões, justamente porque já tenho esta tática, conta.

pp_amp_intext | /75894840,22657573340/EDER_LUIZ_AMP_03

Nascidas em cativeiro, os três animais possuem microhips. Segundo o professor, a dúvida que mais ronda a cabeça das pessoas é em relação a alimentação dos animais.

Me perguntam muito se os animais [para alimentação] são abatidos ou são vivos. E também se elas são molhadas ou frias. E me perguntam muitas vezes, se elas ficam soltas dentro da minha casa e aí explico que elas ficam presas dentro de recintos, afirma.

Como os animais não expressam alterações comportamentais em casos de dor ou de algum tipo de doença, o biólogo afirma que atenção deve ser sempre redobrada.

Jackson explica que maneja os bichos, tira do terrário, pelo menos uma vez por semana separadamente dentro de casa.


Fonte:

G1

Notícias relacionadas