Professor é condenado por ofender alunos

Professor é condenado por ofender alunos

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Um professor do município de Água Doce foi condenado, em primeira instância, a 2 anos de prisão pelo crime de discriminação e injúria à alunos da 7ª série da Escola Estadual Ruth Lebarbechon.

O fato aconteceu em 2007, mas a sentença só saiu no último dia 1º, através de decisão do Juiz Ademir Wolff, da comarca de Joaçaba. Além dos dois anos de reclusão, o juiz ainda aplicou 15 dias multa, cada qual no valor de meio salário mínimo vigente à época dos fatos. O caso Segundo consta na decisão do Juiz foi feito na época uma queixa-crime por alunas da Escola Estadual Ruth Lebarbechon, dando conta do ocorrido em aulas de matemática ministradas pelo professor. Segundo elas, o professor praticou atos de discriminação e fez declarações ofensivas contra suas classes sociais, cor de pele e modo como viviam. Atitudes que mobilizaram a classe estudantil. Pais e professores promoveram atos que terminaram com o afastamento temporário do professor das salas de aula. Na queixa, há o relato de que em setembro de 2007 o professor teria falado que: a aluna possui três defeitos: é pobre, negra e burra. E tirando dois ou três aqui o resto é tudo vadio”. Algumas ofensas foram gravadas pelas alunas e repassadas em um CD, que pela pouca qualidade da gravação não foi considerado, mas serviu de embasamento para o advogado das vitimas. Na época o professor concedeu entrevistas à imprensa e confirmou que utilizou as expressões negra e pobre contra uma aluna, mas defendeu-se, dizendo que foi somente para chamar a atenção da aluna, que estaria prejudicando o andamento da aula. A defesa alegou falta de provas no processo, mas o magistrado entendeu que existia sim embasamento para aplicar a pena. Pela decisão o professor cumprirá em liberdade a pena e poderá ainda recorrer.

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