Prévia da inflação de março tem maior alta para o mês desde 2015
Números foram divulgados pelo IBGE.
A prévia da inflação oficial indica para um avanço de 0,93% nos preços no mês de março, de acordo com números divulgados nesta quinta-feira (25), pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O resultado, guiado novamente pelo salto nos preços dos combustíveis (11,63%), é o maior para meses de março desde 2015 (1,24%).
Com a nova alta, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor - 15) acumula soma ganhos de 2,21% no primeiro trimestre de 2021 e de 5,52% nos últimos 12 meses. O percentual supera o teto da meta estabelecida pelo governo para o índice oficial de preços, de 3,75%, com margem de 1,5 ponto percentual para mais (5,25%) ou para menos (2,25%).
Diante da recente sinalização de alta dos preços, o BC (Banco Central) iniciou um processo de elevação da taxa básica de juros da economia, que subiu a 2,75% ao ano. O movimento, que deve persistir pelos próximos meses, tem a redução dos preços como um dos objetivos, porque os juros mais altos encarecem o crédito, reduzem a disposição para consumir e estimulam novas alternativas de investimento.
Principais altas
Entre os nove grupos que compõem a cesta de itens da pesquisa, oito apresentaram alta nos preços em março, com maior variação dos transportes (3,79%). A valorização do segmento foi mais uma vez impulsionada pelo salto da gasolina (11,18%), cujos preços subiram pelo nono mês consecutivo. Também foram verificadas altas nos outros combustíveis: etanol (16,38%), óleo diesel (10,66%) e gás veicular (0,39%).
Já os preços de alimentos e bebidas desacelerou, passando de uma alta de 0,56% em fevereiro para 0,12% em março. Os destaques foram o tomate (-17,5%), a batata-inglesa (-16,2%), o leite longa vida (-4,5%) e o arroz (-1,65%). Por outro lado, o preço das carnes subiu 1,72% no período.
Segundo grupo de maior impacto no bolso das famílias em março, o segmento habitação (+0,71%) teve os preços impulsionados pela alta de 4,6% no preço do gás de botijão. Trata-se do 10º mês consecutivo de valorização do valor pago pelo item no Brasil.