A polêmica em torno do aumento dos vereadores, presidente da câmara, prefeito, vice e secretários continua grande em Joaçaba.

Buscando informações mais precisas sobre o processo que efetivou o aumento o Éder Luiz.com conversou com a presidente da câmara de vereadores de Joaçaba, Sueli Ferronato. A presidente se mostrou indignada com o que chamou de “onda de boatos e desinformação” que a câmara estaria sendo alvo, classificando como demagogia o veto do prefeito Rafael Laske ao projeto. “A Lei Orgânica do município, que não foi feita por nós, mas que rege as ações do município determina que um ano antes das eleições os vereadores devem votar o reajuste dos salários para a próxima legislatura. Não é para nós que hoje estamos na câmara, nem para o atual prefeito, é para quem entrar após vencer as eleições á parir de 2013 e vale até 2016. Ou seja, durante quatro anos os salários ficam congelados, isso é lei. O veto foi demagogia”. A presidente confirmou que o aumento não foi votado as escondidas, como se comentou. “Votamos o aumento junto com os outros projetos que estavam na pauta e votamos por que somos obrigados por lei. O reajuste foi definido com base em índices e a votação foi unânime entre os nove vereadores, assim como derrubamos o veto de forma unânime, pois julgamos como uma irresponsabilidade do prefeito”. Comentou a vereadora, informando que se os salários não fossem fixados a lei que está em vigor não teria validade e vereadores, prefeito, vice e secretários ficariam sem salários á partir de 2013. “Veja a irresponsabilidade do prefeito. Se nós não votássemos não haveria salários para a próxima legislatura. A atual lei que trata sobre os salários tem validade somente até 2012”. A presidente informou novos números sobre os vencimentos dos agentes públicos, diferentes dos que vinham sendo divulgados. Segundo ela, o salário atual do prefeito é de R$ 11.900, o do vice a metade, como determina a lei, secretários ganham em torno de R$ 4 mil. Os vereadores recebem R$ 3.300, por força de lei também o presidente recebe 50% a mais, mas obrigatoriamente tem que cumprir horário na câmara, diferente dos colegas. Segundo a presidente os reajustes ficaram em 28% em média, e nenhum teria chegado aos 60%, como vem sendo comentado. Ela demonstrou descontentamento com toda a polêmica criada, e classificou como irresponsável o gesto do prefeito. Sueli ainda desabafou e disse que não pensa em ser candidata em 2012. “Isso não é justo, esta demagogia toda que estão fazendo. Tudo o que fizemos está dentro da lei. Não é para mim ou para qualquer outro vereador, ou prefeito este salário é para os próximos. Não tenho vontade de concorrer a cargo público depois desta desilusão e de perceber como manipulam a população e jogam a responsabilidade de algo feito dentro da lei na câmara de vereadores”.