Um informativo do Partido dos Trabalhadores(PT), intitulado “Página 13”, teria causado revolta e constrangimento a membros da administração municipal de Joaçaba, entre eles o prefeito Rafael Laske, que compareceu a delegacia de polícia para registrar um boletim de ocorrência.

O jornal circulou na cidade na noite da última sexta-feira, 20, distribuído em residências e estabelecimentos comerciais. O conteúdo trazia denúncias contra a atual e a ex-administração alem de conter informações sobre os relatórios das CPIs que estão sendo apuradas na câmara. Mas o fato que revoltou o prefeito foi a exposição de sua vida pessoal, a foto da capa é do casamento de Rafael Laske, que aconteceu recentemente em Florianópolis. Atacar minha vida pessoal não tem justificativa. Casamos em Florianópolis por que ficava mais fácil para a família da minha esposa. Ela escolheu Joaçaba para morar e é isso o que importa. Declarou o prefeito durante entrevista em seu gabinete na manhã desta segunda. O prefeito, acompanhado do secretário de administração Felipe Bordin e do diretor de Comunicação Paulo Afonso Silva, foi até a delegacia com uma das pessoas flagradas realizando a distribuição do material. Laske informou que encontrou o rapaz na rua distribuindo o material e que o convidou a ir até a delegacia. Não usei de violência nem de força em momento algum. Simplesmente convidei o rapaz, que é ex-assessor da câmara municipal de vereadores e assessor de um deputado estadual, para que entrasse em meu carro. A ocorrência foi feita dando conta de calúnia e difamação, alem de violação de direitos autorias, já que a foto da capa é de autoria do diretor de comunicação, que não autorizou seu uso para a publicação. Agora eles terão que explicar quem escreveu aquilo. Me surpreendeu o fato de professores, funcionários públicos e um vereador irem até a delegacia para defender o rapaz. Quem escreveu o jornal são pessoas com problemas, com amargura, ódio e raiva no coração. Esse não é meu jeito de fazer política. Finalizou o prefeito. Na manhã desta segunda-feira o Delegado Bruno Boaventura Mota, que acompanhou o registro, disse ao ederluiz.com que hoje será dado um encaminhamento ao caso e será decidido se um termo circunstanciado será feito, ou haverá o arquivamento do BO. Caso a ocorrência seja tratada como crime efetivamente, haverá uma análise da publicação e uma investigação da autoria, já que não existem informações no informativo sobre quem teria confeccionado as reportagens e as opiniões expressas. O delegado informou ainda que a difamação é um crime de menor poder ofensivo. “Trata-se de um crime contra a honra, por isso se instaura um termo circunstanciado e não um inquérito policial”. O ederluiz.com também tentou um contato por telefone com o vereador Ademir Zancheta, que esteve na delegacia, para ouvir a versão do Partidos dos Trabalhadores. No começo da tarde o vereador informou que uma nota do partido será repassada nas próximas horas comentando o fato. NOTÍCIA ATUALIZADA ÁS 13:47