Polícia revela mais detalhes sobre caso de adolescente que estava desaparecida

Local em que ela estava é sujo e insalubre. Homem que a levou para o rS está preso.

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Foto: Nayan Allan Raldi/ClicRDC
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Durante a coletiva de imprensa sobre o caso do desaparecimento da adolescente Raissa Tremea Maestri, a delegada Lisiane Junges, titular da Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso (DPCAMI), deu alguns detalhes sobre o autor do crime. Conforme a delegada, o homem convenceu a jovem a sair de Chapecó, sem raptá-la ou sequestrá-la.

“Nós apuramos que é um homem que convenceu a adolescente a sair [de Chapecó], não houve um rapto, ou sequestro. Ele conseguiu trabalhar neste sentido. É um fato que já aconteceu em outros lugares, com outras vítimas com o mesmo perfil. Então o que podemos dizer dele [autor], por enquanto é isso. Se dedicou de uma forma bastante sofisticada na fuga desde o dia 20, isso demandou um trabalho muito complexo por parte da equipe da DPCAMI. Seguramente sabe, que está agindo contrariamente à lei”, detalhou Lisiane.

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Conforme a delegada, Raissa saiu de Chapecó no dia 21 de maio, um dia depois que o suspeito deixou o município. Nesta segunda-feira (03), ela e o homem foram encontrados no município gaúcho de Sant’Ana do Livramento, que faz divisa com Rivera, no Uruguai. De acordo com Lisiane, a adolescente está bem de saúde e não precisou de nenhuma intervenção mais séria. 

O homem tem prisão preventiva pelo crime disposto no artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente: “Oferecer, trocar, disponibilizar, transmitir, distribuir, publicar ou divulgar por qualquer meio, inclusive por meio de sistema de informática ou telemático, fotografia, vídeo ou outro registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente’.

Já Raissa figura como vítima do homem, mas também será investigada por divulgação do material. Conforme a delegada, as investigações estão em curso para apurar se a adolescente tem envolvimento ou não na morte do pai.


Sujo e insalubre

“Não tinha móveis e as coisas, entre elas colchões, estavam no chão. O local era sujo e insalubre”. A informação é do comandante da Brigada Militar de Santana do Livramento/RS, major Anibal Menezes da Silveira, e descreve o kit net onde a adolescente que desapareceu em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, há mais de 30 dias foi encontrada. 

Ela foi localizada na tarde desta segunda-feira (3) em Santana do Livramento, a cerca de 700 km de Chapecó, após a prisão do suspeito de aliciar a adolescente, Jean Alberto Mota Mastrascusa, de 35 anos.

Ele foi preso pela Brigada Militar do Rio Grande do Sul após aplicar, no mês de junho, o golpe do PIX em um funcionário de um supermercado de Santana do Livramento.

“Nós já possuíamos a informação, por meio da nossa Agência de Inteligência, de que ele estava foragido da Justiça e, por isso, estávamos em monitoramento. Nesta segunda-feira ele retornou ao supermercado onde foi reconhecido e preso pelo policiamento ostensivo”, detalhou o comandante.

Segundo o major, Jean mudou a aparência ao pintar o cabelo de preto e tentou omitir o nome. “Como já sabíamos do histórico dele, aplicamos técnica de entrevista e conseguimos identificar o local onde a adolescente estava”.


Adolescente estava sozinha

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Os policiais foram até o endereço e, com autorização do proprietário, tiveram acesso ao local. “Ela abriu a porta e confirmamos que se tratava da adolescente desaparecida. Não fez nenhum relato do que teria acontecido e foi levada ao hospital para avaliação médica. Estava aparentemente bem e sem lesões”, acrescentou o comandante.

A adolescente está sendo acompanhada pelo Conselho Tutelar e permanece na delegacia de Polícia Civil aguardando para encontrar com a família.

A operação foi coordenada pela DPCAMI (Delegacia de Proteção à Criança, Adolescente, Mulher e Idoso) de Chapecó. Ele estava com mandado de prisão ativo desde o último dia 30 de maio.

Fonte:

ND+ / Clic RDC

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