Polícia explica por que morte de vereador pode ter sido homicídio

Polícia explica por que morte de vereador pode ter sido homicídio

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O vereador Marcelino Chiarello (PT), de Chapecó, foi encontrado morto por volta das 11h30 desta segunda-feira, 28, em sua residência, no bairro Santo Antônio. Seu filho, de 10 anos, e sua mulher, que é professora, chegaram em casa e viram o vereador enforcado numa fita de nylon, amarrada na janela, num quarto de visitas. Mas o que inicialmente parecia suicídio começou a ser tratado como homicídio pela Polícia Civil no início da tarde.

-Temos indícios que indicam não se tratar de suicídio- afirmou o delegado Augusto Melo Brandão. Devido à repercussão do caso na cidade foi criada uma comissão que, além de Brandão, reúne os delegados Alex Passos, Ronaldo Neckel Moretto, Fabiano Toniazzo e Danilo Fernandes. O delegado Alex Passos foi o primeiro a levantar a suspeita de que havia sido forjado um cenário de suicídio. Passos viu que a fita estava amarrada muito alto e o vereador não teria como ter amarrado e colocado a fita no próprio pescoço sem o auxílio de um banco, o que não havia no local. Além disso havia muito sangue no quarto, o que é incomum num suicídio. Havia inclusive sinais de sangue nas costas de Chiarello. Depois, na necropsia, foi encontrado um hematoma na parte de trás da cabeça, o que indica que ele levou uma pancada. Além disso o nó da fita tinha uma circunferência de 37,5 centímetros e, o pescoço do vereador tinha 40 centímetros, o que indica que foi amarrado antes de o vereador ser suspenso. O sangue também coagulou no sentido do olho para a orelha, como se estivesse deitado, e não de cima para baixo, como seria num enforcamento. Marcelino Chiarello era conhecido por sua atuação combativa no legislativo, onde fazia oposição à atual administração. Os delegados afirmaram que estão sendo trabalhadas várias hipóteses para o crime, tanto pessoal quanto política. – Queremos esclarecer o crime o quanto antes - afirmou o delegado Moretto. A vereadora Ângela Vitória disse que, no sábado, Chiarello disse que iria pedir escolta policial, mas em tom de brincadeira. O suplente de vereador Euclides Silva disse que recebeu ligações de Chiarello na sexta-feira, no sábado e no domingo, onde ele pedia para assumir o legislativo por uns dias. – Ele disse que estava com medo pois havia feito várias denúncias - afirmou. A deputada estadual Luciane Carminatti (PT), que foi colega de Chiarello na Câmara, estava emocionada. –Dói muito- disse. A Prefeitura decretou luto por três dias. A Escola Pedro Maciel suspendeu as aulas na noite da segunda e nesta terça-feira. O vereador será velado inicialmente na Câmara de Vereadores e depois na Salão Comunitário do Bairro Santo Antônio. O enterro está previsto para às 17 horas, desta terça-feira, no cemitério Jardim do Éden.

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