A investigação demonstrou que uma mulher enganou a própria avó, uma senhora de 75 anos de idade e praticamente analfabeta (só consegue escrever o nome), fazendo-a assinar um contrato de fornecimento de produtos com uma grande fabricante de produtos estéticos e de perfumaria nacional. O engodo utilizado pela autora consistiu em mentir para a idosa, convencendo-a de que ela estaria encaminhando um pedido de benefício assistencial.

A neta recebeu a remessa dos produtos encomendados com o pretexto de revender o material, como ocorre de praxe. Entretanto, ao longo de vários meses, simplesmente desapareceu com os produtos e deixou a avó com uma dívida de mais de onze mil reais, que só foi descoberta após comunicação de órgāo de proteçāo ao crédito, informando que o nome da idosa havia sido negativado, fato que gerou, inclusive, internação hospitalar em virtude da intensa alteração emocional.

O inquérito policial, que a princípio tratou o caso como falsidade ideológica, foi concluído com o indiciamento da autora pelo delito de estelionato com pena dobrada por ser perpetrado contra pessa idosa.