PF cumpre mandado da Operação Lava Jato em Joaçaba
PF cumpre mandado da Operação Lava Jato em Joaçaba
Notícia atualizada às 15h
Leia também: PF revela local de buscas nesta manhã em Joaçaba durante fase da Operação Lava Jato A imprensa nacional noticiou nesta manhã que a Operação Lava Jato chegou à Joaçaba. Segundo o site de notícias G1, a Polícia Federal (PF) cumpriu a 22ª fase da Lava Jato nesta quarta-feira (27) em São Paulo e Santa Catarina. Foram cumpridos 23 mandados judiciais, sendo seis de prisão temporária, 15 mandados de busca e apreensão e dois de condução coercitiva, quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Em São Paulo, a ação ocorre na capital, Santo André e São Bernardo do Campo e, em Santa Catarina, em Joaçaba. Em Joaçaba os mandados foram cumpridos com o apoio da delegacia Regional da Polícia Federal de Chapecó. A informação é que ninguém foi preso na cidade. A operação foi batizada de Triplo X e tem como alvo investigados suspeitos de abrir empresas offshores e contas no exterior para ocultar e disfarçar o crime de corrupção com o pagamento de propina. Leia também: Polícia Federal confirma operação Lava Jato em Joaçaba A publicitária Nelci Warken, presa nesta quarta-feira em São Paulo, seria uma laranja do esquema, de acordo com o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, ao detalhar a 22ª fase da Operação Lava Jato. Ela prestou serviços de marketing à Bancoop era dona de offshores e empresas no Brasil – uma delas, a Paulista Lime Publicidade, fica em um terreno baldio, segundo o MPF. A suspeita ainda deve prestar depoimento. Nelci apareceu, nas investigações, como responsável por um triplex no condomínio Solaris, embora ele tivesse sido transferido à Murray Holdings, uma offshore da Mossack Fonseca. Interceptações telefônicas comprovaram que ela afirmava ser dona do apartamento e que pagou por reformas feitas nele. Segundo a advogada de Nelci, ela não tem nenhuma relação com a OAS e diz que a compra do apartamento foi regular. Presos na 22ª fase Nelci Warken Ricardo Honório Neto Renata Pereira Brito Não tinham sido localizados até as 12h40 Maria Mercedes Riano Quijano Ademir Auada Luiz Fernando Hernadez Rivero Todos os investigados estão ligados à Mossack Fonseca, segundo a polícia. Os presos devem chegar a Curitiba ainda nesta quarta-feira. 22ª fase O Ministério Público Federal (MPF) investiga a abertura de offshores (empresas no exterior) e a compra de apartamentos em Guarujá (SP) para lavar dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras. Todos os imóveis do condomínio Solaris, na praia das Astúrias, estão sendo apurados. Familiares de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, podem ter sido beneficiados pela construtora OAS na compra de apartamentos. A cúpula da empreiteira já foi condenada na Lava Jato. Em relação ao conjunto Solaris, nós estamos investigando todas as operações desses apartamentos. Nós temos indicativos em relação a familiares do Vaccari e também de uma offshore aberta pela Mossack Fonseca, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, nesta quarta-feira (27), ao detalhar a 22ª fase da Operação Lava Jato. Alguns apartamentos do Solaris eram da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) e, em 2009, foram assumidos pela OAS. A Polícia Federal (PF) suspeita que a empreiteira usava os imóveis para pagar propinas de contratos fechados com estatais. A empresa Mossack Fonseca é investigada por abrir uma offshore que assumiu a propriedade de um dos imóveis para esconder os reais donos. Vaccari, que já presidiu a Bancoop, foi preso pela Lava Jato em 2015 e está detido na Região Metropolitana de Curitiba. O G1 tentou contato telefônico com o advogado Luiz Flávio Borges D'Urso, que representa o ex-tesoureiro, porém, a ligação foi direcionada para a caixa postal. O advogado da OAS, Edward Carvalho, disse que a busca e apreensão na empresa “foi desnecessária” e que as informações poderiam ter sido pedidas antes pela PF. De acordo com o jornal O Globo, um triplex do condomínio Solaris pertenceu ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o MPF, o caso ainda é investigado. Em depoimento ao Ministério Público de São Paulo no ano passado, dois funcionários do Solaris afirmaram que viram Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia visitando a reforma do triplex 164A. A investigação do MP de São Paulo é independente da Lava Jato. Por meio da assessoria de imprensa, o Institutio Lula afirmou que o ex-presidente e Marisa Letícia jamais ocultaram que a ex-primeira-dama possui cota de um empreendimento no Guarujá e que essa cota foi adquirida da extinta Bancoop. Disse ainda que as informações foram prestadas à Receita Federal. Fonte: G1