Papa João Paulo II será beatificado neste domingo

Papa João Paulo II será beatificado neste domingo

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Em uma noite que lembrava as grandes vigílias presididas por João Paulo II, cerca de 200 mil pessoas se reuniram neste sábado no Circo Máximo de Roma para homenagear o papa Karol Wojtyla, que neste domingo será proclamado beato.

Ele já era santo em vida, afirmou emocionado Joaquín Navarro Valls, o espanhol que durante 22 anos foi seu porta-voz e que neste sábado, ao lado do antigo secretário particular Stanislaw Dziwisz, homenageou Wojtyla junto a dezenas de milhares de fiéis de vários países. Navarro definiu a vida de João Paulo II como uma obra prima e afirmou que mostrou aos jovens o significado do amor. A vigília também contou com o discurso da freira francesa Marie Simon Pierre, de 51 anos, cuja cura do Mal de Parkinson que sofria, de maneira inexplicável para a ciência, abriu as portas para a beatificação de Karol Wojtyla. A religiosa destacou sua humildade, força e coragem, bem como seu exemplo para aceitar o sofrimento. João Paulo II estava junto dos fracos, dos pobres, dos pequenos. Era um defensor da vida, da família, da paz, disse a freira, que fez um apelo para que a França não perca as raízes cristãs. O vigário de Roma, Agostino Vallini, afirmou que da vida de Wojtyla aprendemos o testemunho da fé, uma fé arraigada e forte, livre de medos e de compromissos, coerente até o último suspiro, forjada pelas provações, o cansaço e a doença. Apesar da chuva que caiu durante a tarde, os fiéis encheram o Circo Máximo, iluminado com dezenas de milhares de velas trazidas pelos participantes. A vigília começou com um vídeo do ano 2000 de João Paulo II durante a Jornada Mundial da Juventude de Roma e prosseguiu com o canto de Jesus Christ you are my life, interpretado pelo Coro de da Diocese de Roma e da Orquestra do Conservatório de Santa Cecilia. Em seguida, foi feita uma conexão com cinco santuários aos quais o papa era muito ligado: o de Nossa Senhora de Guadalupe, no México; Fátima em Portugal; Lagniewniki na Polônia, Kawekamo-Bugando na Tanzânia e Notre Dame do Líbano. Se vê, se sente, o papa está presente, cantaram os milhares de fiéis reunidos no santuário mexicano. A vigília foi dividida em duas partes. A primeira, a Celebração da Memória, começou com uma procissão de 30 jovens romanos com tochas que homenagearam a imagem de Maria Salus Populi Romani, a patrona de Roma, presente no ato, seguida pelos discursos de Navarro Valls, Marie Simon Pierre e Dziwisz. A segunda parte foi a Celebração dos Mistérios Luminosos do Santo Rosário, que foram introduzidos por João Paulo II durante seu Pontificado. O rosário foi recitado em conexão direta com os santuários aos quais Wojtyla era relacionado. Em Guadalupe as orações foram pela esperança e a paz dos povos, em Fátima, pela Igreja; em Lagniewniki, pelos jovens; em Kawekamo-Bugando, pela família; e em Notre Dame do Líbano, pela evangelização. Ao final, o papa Bento XVI deu a bênção apostólica do Vaticano. Depois do encerramento da vigília, os fiéis se dirigiram a oito igrejas de Roma que ficarão abertas por toda a noite na chamada Notte bianca di preghiera (noite branca das orações). Às 5h30 do horário local (meia-noite de Brasília) deste domingo, será aberto o acesso à Praça de São Pedro, onde às 10h (5h de Brasília) começará a cerimônia de beatificação, presidida por Bento XVI.

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