A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário mínimo no Brasil foi reajustado para R$ 1.518, representando um aumento de R$ 106 em relação ao valor anterior de R$ 1.412. O reajuste de 7,5% considera a inflação acumulada e inclui um ganho real de 2,5%, conforme a nova regra sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Como o reajuste foi calculado?

A nova política de valorização do salário mínimo leva em conta a inflação dos últimos 12 meses, somada ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes. No entanto, o ganho real está limitado a 2,5% ao ano, o que visa equilibrar as contas públicas sem comprometer a economia.

Impacto no poder de compra

O aumento do salário mínimo beneficia diretamente milhões de trabalhadores formais e aposentados, além de influenciar outros benefícios como o abono salarial, seguro-desemprego e auxílios previdenciários. Para muitos brasileiros, esse reajuste representa um alívio no orçamento doméstico, ajudando a cobrir despesas essenciais, como alimentação, transporte e moradia.

Reflexos na economia

Além de beneficiar os trabalhadores, o aumento do salário mínimo tem impacto direto na economia. Estima-se que o reajuste injete bilhões de reais no mercado, impulsionando setores como comércio e serviços. No entanto, especialistas alertam para possíveis efeitos sobre a inflação, uma vez que o aumento da renda pode elevar o consumo e pressionar os preços.

Custo para o governo e empregadores

O reajuste também impacta as contas públicas, pois diversos benefícios sociais e previdenciários são atrelados ao salário mínimo. Segundo dados do Ministério da Fazenda, cada R$ 1 de aumento no salário mínimo gera um impacto de aproximadamente R$ 370 milhões nos cofres públicos ao longo do ano. Além disso, empresas que pagam salários mínimos precisarão ajustar sua folha de pagamento, o que pode influenciar decisões de contratação e investimentos.

Comparação com anos anteriores

Nos últimos anos, o salário mínimo tem sido reajustado acima da inflação. Em 2024, por exemplo, o reajuste foi de 6,97%, passando de R$ 1.320 para R$ 1.412. A política de valorização busca garantir aumento real, mas especialistas alertam que ajustes excessivos podem gerar desafios fiscais e pressionar o orçamento federal.

Com isso, o novo salário mínimo de 2025 traz benefícios diretos para trabalhadores e aposentados, mas também apresenta desafios para a economia e a gestão pública.