Nervosismo e emoção marcam o primeiro dia de audiência sobre chacina na creche de Saudades

Seis vítimas e sete testemunhas foram ouvidas nesta primeira audiência.

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(Fotos: Portal Éder Luiz)
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Nesta quinta-feira (5/8) aconteceu a primeira audiência de instrução e julgamento do processo que trata das cinco mortes ocorridas na creche de Saudades, no oeste do Estado. Seis vítimas e sete testemunhas foram ouvidas na sala passiva do fórum da comarca de Pinhalzinho.

Falar sobre o ocorrido na manhã do dia 4 de maio ainda traz muita tristeza para os moradores do pacato município. Logo na chegada, os depoentes manifestaram o desejo de não aparecer em fotos ou filmagens. Depois, com o andamento das oitivas, o nervosismo deu lugar à emoção.

As seis vítimas foram as primeiras a falar. Uma por vez, cada uma contou o que viveu naquele dia. Os depoimentos duraram cerca de duas horas e meia. Na sequência, foram ouvidas sete testemunhas. Outras duas desistiram de participar. A audiência terminou por volta das 18h.

Como planejado, apenas o depoente, a assessora jurídica e um estagiário ficaram na sala passiva. Juiz, promotor e advogado participaram via internet, de seus locais de trabalho. A segunda audiência será no próximo dia 24. Outras 14 testemunhas devem ser ouvidas, além do acusado.

O agressor foi denunciado por 19 crimes de homicídio, entre consumados e tentados. Na manhã do dia 4 de maio deste ano, ele entrou em uma creche no município de Saudades e com uma adaga - espécie de espada - golpeou fatalmente duas professoras e três bebês. Uma outra criança, também com idade menor de dois anos, foi socorrida e se recupera junto aos familiares.​ O juiz Caio Taborda comandou os trabalhos. Ele é o responsável pela condução do processo judicial.

Próxima audiência com data definida

A segunda audiência está marcada para o dia 24 de agosto, onde outras 14 testemunhas devem ser ouvidas, além do acusado que foi denunciado por 19 crimes de homicídio, entre consumador e tentados.

Relembre o caso

O jovem de 18 anos invadiu a escola infantil Pró-Infância Aquarela na manhã do dia 4 de maio. Armado de uma katana, uma espada japonesa, ele golpeou uma professora e uma agente educacional. Além disso, quatro crianças menores de dois anos também foram feridas. Três morreram.

Após o fato, ele ainda desferiu golpes com o arma branca contra o próprio corpo. Em seguida, foi levado ao hospital em estado grave, recebendo alta dias depois.

O único sobrevivente do ataque foi um bebê de um ano e oito meses. A criança teve alta do hospital após seis dias e passou por uma cirurgia no pulmão.


Fonte:

TJSC

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