Nego Di mentiu e doou R$ 100 e não R$ 1 milhão ao RS, revela quebra de sigilo

Humorista cobrou diversas celebridades a se posicionarem e doarem para o Rio Grande do Sul, que estava sendo atingido pela chuva.

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Após ser preso no domingo (14), Nego Di teve seu sigilo bancário quebrado e seus documentos revelaram uma farsa na doação do humorista às vítimas do Rio Grande do Sul. Ele teria afirmado ter doado R$ 1 milhão, mas na verdade fez um pix de R$ 100 na mesma data.

Na época, o humorista cobrou diversas celebridades a se posicionarem e doarem para o Rio Grande do Sul, que estava sendo afetado pelas chuvas em abril de 2024. Nego Di divulgou que havia feito uma doação de R$ 1 milhão, porém o valor foi contestado pelas autoridades.

Conforme a Band do Rio Grande do Sul, a quebra de sigilo revelou que o influenciador não realizou a boa ação. O Ministério Público afirmou que comentará sobre o assunto após a análise completa dos documentos coletados nas residências de Nego Di.

A prisão do humorista ocorreu no domingo, dia 14 de julho, por suspeita de lesar pelo menos 370 pessoas com a venda de eletrodomésticos por meio de uma loja virtual.

Segundo a Polícia Civil, seus clientes pagavam pelos produtos, mas nunca os recebiam. As investigações revelaram que não havia estoque dos produtos e, mesmo assim, o site permitia a venda.

Com a prisão, o humorista prestará os esclarecimentos necessários à polícia. Além disso, ele havia sido chamado para depor outras vezes, mas nunca compareceu.

As autoridades acreditam que o prejuízo dos 370 clientes seja superior a R$ 330 mil. Além disso, acredita-se que outras pessoas foram vítimas, mas nunca procuraram a polícia.

Sociedade e golpe

A sociedade entre o influenciador digital Nego Di e Anderson Boneti, na loja virtual ‘Tadizuera’ durou pouco. O estabelecimento funcionou entre março e junho de 2022, mas encerrou atividades após o surgimento das primeiras denúncias de estelionato, naquele mesmo ano.

O ex-sócio do humorista foi apontado pela PCRS como autor intelectual do esquema de estelionato. Boneti possui expertise na área cibernética e responde a um processo na Paraíba, iniciado em 2018.

À época, Boneti atuava como representante legal da marca e se apropriou de valores que seriam utilizados para pagar uma compra. Ele suspendeu a negociação e ficou com o dinheiro para uso pessoal. O empresário se entregou à Justiça no início de 2022, mas acabou solto logo depois.

Anderson Boneti também foi indiciado pelo GAECO/MPRS por participar de uma organização criminosa, que realizou sofisticado furto qualificado de, virtualmente, R$ 30 milhões da conta bancária de uma empresa.

Desde o dia 12 de julho, Anderson Boneti é considerado foragido da Justiça gaúcha por crimes de estelionato cometidos contra 370 pessoas.

Fonte:

ND+ e Zero Hora

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