Mulheres em Destaque: Pequenos negócios, grandes sonhos

Conheça a história de sucesso de 4 empreendedoras em Campos Novos e se inspire.

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A jornada do empreendedorismo é repleta de desafios, medos e incertezas, mas também de grandes conquistas e realizações. Além disso, a zona de conforto e a segurança de quem prioriza a CLT pode impedir muitas conquistas. Mas não se engane, sucesso não é estar na capa da Forbes, você pode alcançar autonomia e estabilidade investindo em pequenos negócios. Mas é bom estar ciente: você vai precisar estar disposta a trabalhar com seriedade e compromisso.

De acordo com dados disponibilizados pelo Sebrae, dos 52 milhões de empreendedores existentes no país, 32 milhões são mulheres. Ou seja, as mulheres estão arregaçando as mangas e estão mostrando que também tem manejo para liderarem sua vida e seus negócios. Para te inspirar, navegamos nos dados e trouxemos mulheres reais para te contar como tem sido a experiência no empreendedorismo.

Quatro pequenas empreendedoras de Campos Novos, cada uma com uma história única, nos mostram que é possível transformar paixões em negócios bem-sucedidos. Conheça as histórias de Joelma Garipuna, Suelen Martha, Catharine Donola e Ana Kantovick, que, com coragem e determinação, estão construindo seus sonhos e inspirando outras mulheres a fazer o mesmo.

Joelma Garipuna: 'Doce' Motivação e Superação

Joelma Garipuna e sua irmã enfrentaram a depressão e a falta de oportunidades de uma forma doce e criativa: abriram uma confeitaria caseira. Minha irmã teve depressão e não queria mais trabalhar para os outros, então resolveu que queria trabalhar para si mesma. Me chamou para ajudar e, naquele momento, eu não tinha como investir, então ela entrou com o investimento e eu com o que sabia. Sempre gostei de cozinhar e doces são uma paixão. Mas minha maior motivação foi ver ela feliz e se recuperando na confeitaria, conta Joelma.

O começo foi desafiador. Sem dúvidas, nosso maior desafio foi iniciar as vendas. Eram apenas duas garotas sem experiência tentando empreender. O início foi mais fácil de lidar, pois era próximo da Páscoa e os primeiros três meses foram incríveis. Após isso, tivemos quedas nas vendas e lidar com o desânimo não foi fácil, mas insistimos com muita fé e dedicação, relembra.

Apesar dos medos, Joelma e sua irmã nunca desistiram. Parece clichê, mas sem dúvidas, o conselho que daríamos é 'Não desista dos seus sonhos'. Nada que vem fácil é duradouro, mas o que exige sacrifícios certamente vale a pena.

Suelen Martha: Liberdade e Qualificação

Suelen Martha encontrou no empreendedorismo a liberdade que sempre desejou. Minha maior motivação ao abrir meu próprio negócio foi ter liberdade financeira e fazer meu próprio horário. Trabalhei por anos como CLT e isso me limitava em vários sentidos. Empreender foi algo que sempre sonhei em fazer, explica Suelen, que começou um negócio de limpeza de estofados.

A jornada de Suelen também não foi fácil. Um grande desafio foi a fidelização dos clientes. Por isso, me qualifiquei e adquiri mais conhecimentos e habilidades técnicas para me destacar da concorrência. Investi em produtos e equipamentos de qualidade, o que foi um grande diferencial, diz ela. Além disso, Suelen desenvolveu estratégias de marketing para atrair clientes mesmo durante a época mais fria do ano, quando a demanda por limpeza de estofados diminui.

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Sobre o medo de empreender, Suelen é clara: Sim, o empreendedorismo causa medo. Deixar a CLT para empreender trouxe muitas incertezas. O conselho que daria é: tenha um objetivo e confie em si mesma. Acredite nas suas habilidades e ideias. Estude bem sobre o ramo do seu serviço e sobre a demanda dele na sua localidade. Aceite feedbacks de forma construtiva e não desista.

Catharine Donola: Arte que Transforma

Para Catharine Donola, o empreendedorismo foi uma maneira de unir a necessidade de uma renda extra com sua paixão por arte e criatividade. O que me motivou foi juntar a necessidade de ter uma renda extra para ajudar em casa e fazer algo que gosto muito, que é trabalhar com criatividade e arte, compartilha Catharine, que se especializou em pinturas de parede e lettering.

Um dos desafios que Catharine enfrentou foi a divulgação de seu trabalho em uma cidade nova. Um dos desafios foi as pessoas conhecerem o meu trabalho na cidade, já que não sou de Campos Novos. Também, o mundo do lettering e da arte em parede não é tão comum em alguns lugares. Para lidar com isso, comecei a divulgar mais meu trabalho no Instagram, mandando mensagens para as pessoas e apresentando meu trabalho em alguns lugares, explica.

Hoje, Catharine já fez diversos trabalhos em Campos Novos, dando uma cara bem diferente, aconchegante e personalizada ao ambiente dos seus clientes.

Catharine reconhece que o empreendedorismo traz medos, mas também dá um conselho valioso: Primeiro, se organize. Não pense além do que precisa e não se compare com os outros. Cada um de nós tem sua própria trajetória. Focar nisso sempre é o melhor, porque vamos nos concentrar no que é mais importante na nossa realidade.

Ana Kantovick: Sustentabilidade e Inovação

Ana Kantovick sempre sonhou em ter seu próprio negócio desde pequena. Minha motivação veio desde a infância, quando já brincava de ter meu próprio negócio. Comecei customizando roupas para as pessoas, e isso foi meu primeiro negócio, lembra Ana. Embora tenha estudado direito e trabalhado como consultora de marketing digital, sua experiência em customização a levou a criar uma marca de moda chamada Gregória, em homenagem à sua avó.

A marca misturava moda com sustentabilidade, uma conexão que Ana sempre teve com a natureza. Aprendi que o que fazia na customização era uma ação sustentável chamada upcycle, que significa reaproveitar. Apresentei meu trabalho em diversos festivais, conta Ana.

Estes foram apenas alguns dos negócios de Ana, em sua caminhada ela estve presente em diversas frente e investiu em conhecimento.

Porém, o maior desafio foi inovar com poucos recursos e sem orientação. Queria fazer coisas tradicionais de formas inovadoras, mas faltava um ecossistema que proporcionasse essa interação com sustentabilidade e tecnologia. Meti a cara, fui para várias cidades e busquei conhecimento em diversos lugares, diz ela.

Ana acredita que o medo não é do empreendedorismo, mas do preço que se paga. Não é fácil. Você precisa abdicar de coisas, sacrificar fins de semana, passeios. Para as mulheres, empreender tem uma particularidade, pois socialmente elas não são preparadas para isso. Mas as mulheres são grandes líderes e têm um jeito diferente de liderar.

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Atualmente, Ana atua como consultora e mentora de negócios inovadores e é gestora da incubadora de tecnologia em Campos Novos. Entre os conselhos, Ana disse apenas um: não tentem liderar ou empreender como homens. Aja como uma mulher. Não percam a sua natureza e essência.

As histórias de Joelma, Suelen, Catharine e Ana mostram que, apesar dos desafios e medos, o empreendedorismo pode ser uma jornada gratificante e transformadora. Com paixão, dedicação e resiliência, elas estão construindo seus sonhos e deixando um impacto positivo em suas comunidades. Suas trajetórias são um lembrete poderoso de que, mesmo pequenos, os negócios podem alcançar grandes sucessos. 

Conheça um pouco mais sobre o trabalho delas nas redes sociais: @chocolateria_cfa e @jo_garipuna, @anakantovick, @caligracor, @limpezaprofundasc


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