Mulher morta em Ipira já havia sido condenada por matar marido em crime com requintes de crueldade

Lorimar Lutkemeier foi estrangulada, teve o corpo queimado e jogado em rio no interior de Piratuba.

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Foto: divulgação
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Lorimar Lutkemeier, de 59 anos, que foi morta pelo marido em Ipira e teve seu corpo queimado e jogado no Rio Uruguai, no interior de Piratuba, já havia sido condenada a 15 anos de prisão após matar o primeiro marido, Valdenir Bortolini Zanon, há quase 13 anos, no município de Tangará, no Meio-Oeste catarinense.

Segundo informações, no dia 18 de março de 2010, por voltada das 4h da manhã, no interior de sua residência, Lorimar, aproveitando que a vítima estava dormindo, teria amarrado seus membros superiores e inferiores com cordas de nylon, impossibilitando-o de qualquer meio de defesa e, munida, com duas facas, uma tesoura e um martelo do tipo marreta, teria desferido diversos golpes violentos contra ele. Os golpes causaram diversas lesões que lhe provocaram a morte. Lorimar teria cometido os atos motivada por supostas suspeitas ou possível confirmação de que a vítima estaria lhe traindo.

De acordo com a Polícia, o crime foi cometido com requintes de crueldade, após ela suspeitar que estava sendo traída. Lorimar amarrou os pés e mãos do marido com um fio de nylon e o matou com golpes de tesoura e marteladas enquanto ele dormia.

Após recebida a denúncia em 05 de julho de 2010, a defesa de Lorimar requereu a realização de exame de insanidade mental, diante da existência de dúvida sobre a sua integridade psíquica. No laudo, contudo, ela foi declarada imputável à época dos fatos.

Lorimar chegou a cumprir parte da pena, mas acabou sendo liberada após um exame de sanidade mental atestar sua imputabilidade. Além do homicídio, a mulher já havia sido acusada de outros crimes, como lesão corporal, perturbação, vias de fato e ameaça.

Feminicídio

O feminicídio em Ipira foi descoberto pela Polícia Civil na quinta-feira (16) assim que tomou conhecimento do desaparecimento da mulher. O marido teria confessado para familiares e colegas de trabalho que havia cometido o crime.

(Foto: Polícia Civil)

A polícia instaurou um inquérito e realizou entrevistas com pessoas que ouviram a confissão do suspeito. Durante o dia, foram feitas diligências para encontrar o suspeito, mas não tiveram sucesso. No entanto, na sexta-feira (17), ele se apresentou na Delegacia de Polícia de Piratuba e confessou ter matado sua companheira por estrangulamento, após uma discussão no domingo (12), deixando seu corpo em casa até a terça-feira à noite.

O suspeito, então, levou os policiais e peritos da Polícia Científica até o local onde havia queimado o corpo da vítima por três horas e depois jogado os restos no Rio Uruguai. Os agentes recolheram os fragmentos encontrados para perícia.

O Delegado Regional, Gilmar Antônio Bonamigo, representou pela prisão preventiva a Justiça que acatou, tendo sido cumprido o mandado nesta sexta-feira. 

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