MP pede a prisão preventiva de duas mulheres envolvidas no assalto à joalheria em Joaçaba

Outros cinco envolvidos, quatro homens e uma mulher, ficaram presos enquanto elas foram soltas.

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O Ministério Público (MP) da comarca de Joaçaba pediu nesta terça-feira (09), a prisão preventiva de duas mulheres envolvidas no assalto à joalheria ocorrido no dia 25 de outubro no centro da cidade. As duas mulheres foram presas poucas horas após a ação junto com outros cinco integrantes do grupo, sendo quatro homens e uma mulher, mas foram soltas na época. Um adolescente também foi apreendido com o grupo.

De acordo com o MP, as investigações apontaram que as duas são garotas de programa que residiram temporariamente na comarca e que passaram a estudar o local do crime. Elas estiveram na loja que foi alvo do roubo em meados do mês de setembro, quando compraram peças de pequeno valor, tudo com o fim de não levantar suspeitas. Além disso, uma delas junto com outro integrante, também contataram a loja, solicitando o envio da localização a fim de repassar aos comparsas e, posteriormente, retornaram ao local. Na ocasião, enquanto ela distraía as vendedoras, um dos homens estudava atentamente o local do delito, analisando a posição das câmeras de segurança e do estoque da loja.

Diante disso, na visão do Promotor Criminal Protásio Campos Neto, as denunciadas também merecem ter a prisão preventiva decretada, como ocorreu com os demais denunciados.

Veja o que argumenta o MP:

“Tendo em vista a garantia da ordem pública, uma vez que os delitos imputados, notadamente o de roubo majorado (punido com pena superior a 4 anos), são graves e repercutem negativamente na sociedade, necessitando-se afastar pessoas como as requeridas do convívio social. Conforme bem destacou o Juízo ao decretar a prisão dos demais, o delito foi perpetrado com arma de fogo, no centro da cidade, em plena luz do dia, em momento de grande movimento no comércio, expondo diversas pessoas a risco. Tudo isso após prévio planejamento da empreitada e importante auxílio das representadas.

Ainda, é possível que após a prisão dos comparsas as denunciadas tenham se evadido desta Comarca, de modo que a segregação cautelar é imprescindível para a conveniência da instrução criminal e para assegurar a aplicação da lei penal. Aliás, o endereço informado por elas na Delegacia de Polícia é do estado de Mato Grosso do Sul, mas elas estavam residindo temporariamente em Joaçaba e tencionavam fugir para o litoral do estado, onde fariam o rateio dos objetos do furto. Ou seja, há dúvidas acerca do real paradeiro delas”. 

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O pedido do MP ainda será avaliado pelo juiz criminal da comarca, que pode ou não, com base na denúncia, determinar a prisão das duas.

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