MP conclui inquérito sobre atendimento de gato em Hospital de Campos Novos

MP conclui inquérito sobre atendimento de gato em Hospital de Campos Novos

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O Ministério Público da Comarca de Campos Novos concluiu no mês passado, o Inquérito Civil que apurava eventual prática de ato de improbidade administrativa contra uma servidora municipal Maria Angélica Soares que encaminhou seu animalzinho de estimação para o atendimento em hospital público local.

De acordo com o despacho do Promotor Jean Pierre Campos, foi constatada a ausência de indícios da prática da improbidade – ausência de imoralidade e má fé. Segundo o representante do MP, os procedimentos administrativos disciplinares foram instaurados e adotadas as providências que se entenderam pertinentes e que são tidas como suficientes para a elucidação dos fatos. O inquérito havia sido instaurado ainda em 17 de julho de 2009 e a decisão foi publicada na última quinta-feira, dia 18. Entenda o caso Quatro profissionais da saúde de Campos Novos foram afastados de suas funções por 30 dias no dia 26 de junho de 2009. A medida foi tomada depois que uma servidora pública municipal levou o gato de estimação para ser atendido no pronto-socorro de um hospital da cidade. Á época três sindicâncias foram abertas para investigar o fato. A veterinária Maria Angélica Soares, que havia um mês atuava na Vigilância Sanitária do município, percebeu que o seu gato persa, chamado Guilherme, estava passando mal. O animal enfrentava problemas respiratórios e estava tendo uma crise de falta de ar. Em casa, antes de levá-lo ao pronto-socorro do Hospital Dr. José Athanásio, ela disse ter ligado para clínicas específicas, mas não encontrou nenhum local aberto, já que era feriado no município. Em desespero, ela contou ter levado o gato a uma farmácia para que o animal fosse posto no oxigênio. Como não encontrou tubo disponível, levou Guilherme ao pronto-socorro da unidade hospitalar. Na sala de emergência, um médico e três auxiliares de enfermagem atenderam o animal e o colocaram no oxigênio durante 10 minutos. O gato morreu ao deixar o hospital. A médica-veterinária reconhece que a atitude de procurar socorro em um local específico para atendimento humano foi impensada e acredita sofrer pressões de inimigos, por conta do seu trabalho de fiscalização na Vigilância. A direção do hospital reprovou veementemente o fato. Para a administradora da instituição, Marliese da Cass Mecabô, o socorro médico ao gato em plena emergência hospitalar remete a uma série de erros cometidos pelos cinco envolvidos: médico plantonista e três auxiliares de enfermagem que não tiveram os nomes divulgados, além de Maria Angélica. Segundo a administradora, os equipamentos utilizados no atendimento foram descartados; a sala passou por desinfecção, esterilização e bacterioscopias (exames que detectam se há algum resquício de contaminação) e foi interditada.

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