Mitos sobre novo coronavírus que podem confundir

Descubra se o contágio pode ser evitado com alimentos como chás, alho e inhame e se é seguro receber encomendas vindas da China.

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O Ministério da Saúde no Brasil e a Organização Mundial da Saúde (OMS) estão com campanhas nas redes sociais para desmistificar algumas das notícias falsas que andam circulando acerca do novo coronavírus.

Classificada como emergência global e com mais de 20 mil casos confirmados em 24 países, a doença tem gerado muitas dúvidas entre a população e, assim como já aconteceu em outras epidemias, vários mitos foram espalhados na web.

Algumas informações compartilhadas por internautas são mais alarmistas, outras indicam como verdadeiros fatos que não foram oficialmente comprovados. Diante da preocupação global, os órgãos de saúde estão tomando medidas para informar devidamente a população. Confira:

NOTÍCIAS FALSAS SOBRE CORONAVÍRUS

Tanto o Ministério da Saúde quanto a OMS decidiram usar o Twitter para esclarecer alguns mitos sobre o novo coronavírus. Por lá, o órgão brasileiro também reforça que se você receber alguma notícia sobre a doença, antes de compartilhar, verifique a veracidade.

Confira as fake news verificadas pelos órgãos e fique bem informado sobre o assunto:

1- Sopa de morcego pode ter disseminado coronavírus na China? De acordo com a OMS, não há comprovação científica de que a comida em questão tenha sido a responsável pela disseminação do novo coronavírus na China. Esta informação, inclusive, foi uma primeiras suposições que começaram a circular na web no início do surto.

2 - Chás imunológicos ajudam a prevenir o coronavírus? Imagens e listas compartilhadas por meio de aplicativos de mensagem, como o Whatsapp, dão conta de que alguns chás naturais, como o chá de erva doce e um chá imunológico (à base de gengibre, alho, capim-limão, tomilho, hortelã e casca de limão), podem prevenir contra o novo coronavírus. Entretanto, de acordo com o Ministério da Saúde, nenhum tipo de chá pode ser utilizado para substituir um tratamento adequado contra a gripe, muito menos contra o novo coronavírus. Também é falsa a afirmação de que o chá de erva-doce tem a mesma substância do medicamento Tamiflu (fosfato de oseltamivir).

3 - É possível aumentar a imunidade com vitamina C e inhame? Um vídeo que circula na web mostra um suposto médico chinês, que trabalha no Brasil e que teria falado com a irmã que mora na China. Na gravação, ele recomenda métodos para aumentar a imunidade contra o vírus, como ingerir vitamina C e D, comer inhame e própolis. O vídeo original foi apagado pelo médico devido à repercussão. Em resposta, o Ministério da Saúde afirma que não há evidências científicas que mostrem que vitaminas C e D, inhame, própolis ou banhos quente/frio sejam precauções eficazes contra o coronavírus. A mesma recomendação vale para uma mensagem que traz supostas orientações do Diretor do Hospital das Clínicas, de São Paulo - que também seria falsa.

4 - Comer alho pode prevenir contra o coronavírus? Segundo a organização, o alho é um alimento saudável que pode conter propriedades antimicrobianas. Entretanto, não existe evidência que comer o alimento tem prevenido pessoas do novo coronavírus no atual surto.

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5 - Lavar regularmente o nariz com solução salina ajuda na prevenção? Outra dúvida levantada por internautas é sobre uma possível medida de proteção contra o coronavírus. Segundo a OMS, entretanto, não existe evidência que a lavagem regular do nariz com solução salina pode proteger pessoas de uma infecção do coronavírus. 

6- Coronavírus afeta apenas pessoas idosas? De acordo com os órgãos de saúde, pessoas de todas as idades podem ser infectadas pelo novo coronavírus. Entretanto, pessoas mais velhas ou com certas condições de saúde são mais vulneráveis a casos severos da doença.

7- Animais domésticos podem transmitir o vírus? Até o presente momento, não há evidência de que animais domésticos, como gatos e cachorros, podem transmitir o novo coronavírus. 

8 - Antibióticos podem prevenir ou tratar a infecção de coronavírus? A OMS responde que não, uma vez que antibióticos não agem contra o vírus, apenas contra bactérias. Portanto, antibióticos não são usados como modo de prevenção ou tratamento para a nova doença. Além disso, até o momento, não existe nenhuma medicação para prevenir ou tratar o novo coronavírus. A OMS está ajudando a acelerar o desenvolvimento de pesquisas sobre o assunto.

9 - É seguro receber cartas, pacotes e encomendas da China? De acordo com a OMS, sim, é seguro. Pessoas recebendo encomendas ou correspondência da China não estão em risco de contrair o vírus. O agente da doença não sobrevive a longo prazo em objetos como cartas e pacotes.

10 - A vacina contra pneumonia protege contra o coronavírus? Não, vacinas contra pneumonia não protegem contra o novo coronavírus. O vírus é novo e diferente, por isso, precisa de sua própria vacina. Diversos pesquisadores do mundo todo, inclusive, estão unindo forças para desenvolver uma imunização segura contra o patógeno. Porém, ainda não há previsão de comercialização do produto.

11 - Usar ou comer óleo de gergelim impede que o coronavírus entre no corpo? Não, óleo de gergelim não mata o vírus. Até o momento, não há nenhum medicamento específico, infusão ou vacina que possa evitar a infecção pelo novo coronavírus. Segundo o Ministério da Saúde, medidas de higiene, como lavar as mãos várias vezes ao dia, ajudam na prevenção.

12 - Coronavírus pode infectar o cérebro e causar perda de memória? Outra notícia falsa que circula nas redes informa que pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) confirmaram que o vírus também consegue infectar e se multiplicar em cérebros adultos, atingindo neurônios mais maduros e provocando, em alguns casos, desde quadros temporários de confusão mental e dificuldade motora até problemas mais graves, de coma ou perda de memória.

A UFRJ, no entanto, não tem condições técnicas para realizar tal pesquisa, porque o Brasil ainda não possui o novo coronavírus isolado. Além disso, não há evidências científicas de que o novo coronavírus provoque esses danos cerebrais, segundo os órgãos públicos de saúde.

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