Ministro dos Transportes garante que SC não terá mais obras arrastadas
Renan Filho falou sobre prazos para finalização de obras e projetos ao Estado.
Prioridade na entrega de obras que estão atrasadas. Este é o principal desafio do Ministério dos Transportes para os próximos anos em Santa Catarina. Em entrevista ao Bom Dia SC, o titular da pasta, Renan Filho, garantiu recursos para a conclusão de trechos em obras na BR-470 e BR-163, além de projetar investimentos futuros para melhorar a infraestrutura das rodovias catarinenses nos próximos três anos.
Vamos continuar todas as obras andando. Santa Catarina tem algumas obras fundamentais para o desenvolvimento do Estado e a melhoria da malha rodoviária que estão paradas há anos ou andando lentamente […]. Isso trouxe esse grava transtorno para as pessoas e com esse resultado com rodovias com qualidade ruim e impactando vidas e o desenvolvimento do Estado. A mudança orçamentária, garantida pela PEC da Transição, vai mudar essa realidade. Nós vamos observar que as obras têm começo, meio e fim, elas não vão mais se arrastar, pontuou o ministro.
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Segundo Filho até o momento, R$ 1,3 bilhão já foram investidos no Estado. A previsão é de que esse valor chegue próximo a R$ 1,5 bilhão ainda neste ano. Entre as prioridades está a duplicação de ao menos 75 km da BR-470 até o fim do próximo ano. O investimento terá como base o incremento de recursos obtidos pelo Ministério por meio da PEC da Transição.
É uma obra fundamental. Ela começou em 2012. De lá para cá, apenas 35 km duplicados em dez anos, uma média de três quilômetros por ano. Este ano já entregamos 5km duplicados. Até o fim do ano, dez e no próximo ano 20. Ou seja, 35 km em 24 meses. Essa é a diferença que precisamos imprimir, diz.
Outro projeto é em relação a BR-282, que no momento tem recebido obras para a contenção de barreiras danificadas por conta das chuvas que atingiram o Estado. Ao menos R$ 100 milhões são investidos para trabalhos emergenciais em decorrência a estragos causados pelo fenômeno.
De acordo com o Ministro, a pasta deve lançar ainda neste ano um edital para construção de faixas adicionais na subida da Serra, com o objetivo de garantir a segurança e potencializar o turismo na região.
Nos próximos dois, três meses, nós vamos publicar um edital para a construção do projeto de construção de 15 quilômetros de faixas adicionais para a subida da Serra. O que vai ser muito importante, porque vai ser uma válvula de escape, garantir mais segurança para as pessoas que trafegam, agilizar o trânsito e também potencializar algumas atividades econômicas, como o turismo, alega.
O ministro também falou sobre as obras do Contorno Viário, em Florianópolis, que se arrastam há anos. O objetivo é de que elas sejam finalizadas até o fim do ano.
Filho destacou, ainda, melhorias na BR-163, onde a previsão é de que o trecho, considerado um dos piores do país, tenham uma nova malha viária até o ano que vem. No local, serão investidos R$ 13 milhões.
Concessões e ferrovias
O ministro ainda informou que deve apresentar este ano um modelo para a concessão de rodovias para que ele seja incluído na agenda de 2024. A ideia, apresentada ao governo de Santa Catarina e bancada catarinense, irá abranger tanto rodovias federais quanto estaduais.
Somente o setor público não é capaz de destinar todos os recursos que Santa Catarina precisa. Nós estamos estudando um amplo modelo de concessão para o estado que pode levantar R$ 15 bilhões no sentido de modernizar a infraestrutura catarinense nos próximos 10 anos. Acho que esse é o grande desafio, afirma.
Por fim, o ministro alega que o governo federal iniciou discussões para a criação de uma ferrovia no Estado. O objetivo é que o modal possa impulsionar a competitividade de Santa Catarina em relação aos demais estados.
Filho iniciou a agenda em Santa Catarina na segunda-feira (26). Ele participou da abertura do Summit Cidades 2023. Já nesta terça (27), o ministro deve visitar as obras do Contorno Viário em Biguaçu, na BR-101, um dos lotes da BR-470 e o túnel duplo da BR-280, no Norte do Estado — rodovia que não recebe a visita de um ministro há pelo menos 15 anos, segundo a colunista Dagmara Spautz.