Ministro da Saúde alerta para risco de retorno da Poliomielite no país
Santa Catarina tem 69,8% da meta de vacinação alcançada.
Em discurso feito na 30ª Conferência Sanitária Pan-Americana, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu uma vigilância epidemiológica que detecte e investigue todos os casos de paralisia flácida aguda, síndrome relacionada à Poliomielite, afirmando que as Américas vivem momento delicado frente à ameaça de retorno da doença na região.
Precisamos ampliar as coberturas vacinais e fortalecer nossos sistemas de vigilância para evitar o risco de reintrodução dessa enfermidade imunoprevenível em nossa região. Precisamos agir agora. Precisamos agir juntos”, disse.
O ministro também destacou a necessidade de elaborar um plano de resposta a surtos atualizado que siga os procedimentos operacionais previstos pela OMS (Organização Mundial da Saúde).
Campanha contra a polio no Brasil
A Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite está em andamento no Brasil e deve ser encerrada na próxima sexta-feira (30). As doses estão disponíveis em cerca de 40 mil pontos de vacinação, mas os pais não estão indo levar seus filhos para tomarem as gotinhas. A campanha chegou a ser prorrogada pelo Ministério da Saúde devido à baixa adesão.
Essa é uma das principais razões para o possível retorno da doença no Brasil, que não tem casos confirmados desde 1989. Segundo a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde), a cobertura regional de vacinas para a doença caiu para cerca de 79%, o menor índice desde 1994, quando o País recebeu o certificado de erradicação emitido pela Opas/OMS.
Em Santa Catarina, a expectativa é que 391.034 crianças de até 5 anos sejam vacinadas até o fim da campanha. Mas até a última sexta-feira (23), o Estado registrou 272.965 imunizados, cerca 69,8% da meta.
Poliomielite
Também chamada de pólio ou paralisia infantil, a Poliomielite é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus, que pode infectar crianças e adultos por meio do contato direto com fezes ou com secreções eliminadas pela boca das pessoas doentes.
Nos casos graves, em que acontecem as paralisias musculares, os membros inferiores são os mais atingidos.
A vacinação é a única forma de prevenção. Todas as crianças menores de cinco anos devem ser vacinadas.