Ministério Público denuncia três pessoas pela participação em episódio de sequestro e tortura

Jovem teve três dedos amputados e sofreu outras agressões e a namorada foi obrigada a assistir tudo.

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O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) denunciou três pessoas pelo envolvimento em um episódio marcado por sequestro e tortura. De acordo com as investigações, dois homens obrigaram um desafeto e a namorada dele a irem até uma casa. Chegando lá, amputaram dedos do rapaz na tentativa de obter informações a respeito do grupo ao qual ele supostamente pertencia. Enquanto isso, uma mulher impedia a namorada do jovem torturado de deixar o local. Dois adolescentes participaram de toda a ação.

A 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de Lages denunciou um dos agressores por organização criminosa, tortura, sequestro, corrupção de menores e coação no curso do processo; o outro foi acusado por organização criminosa, tortura, sequestro e corrupção de menores; e a mulher, por sequestro e corrupção de menores. O crime de sequestro foi agravado pelo fato de que a vítima, a namorada do rapaz torturado, ter menos de 18 anos de idade.

O fato aconteceu em 2 de dezembro de 2022, no Morro do Posto, em Lages. Segundo a denúncia, naquela noite, os dois acusados, membros de uma organização criminosa, usaram armas de fogo para forçar as vítimas a irem até a casa. O objetivo era extrair informações privilegiadas sobre um grupo rival. Nesse contexto, eles deram socos e coronhadas no desafeto, o queimaram com plástico derretido e, por fim, amputaram três dedos de sua mão esquerda, dando uma falange para um cachorro se alimentar.

A namorada do jovem torturado foi impedida de deixar o local pela mulher e teve que assistir a tudo. Dias depois, ela foi ameaçada de morte por um dos acusados, caso não retirasse o boletim de ocorrência contra o grupo.

Os dois homens denunciados estão presos preventivamente no Presídio Regional de Lages. A participação de outros membros da organização criminosa, dando ordens por vídeo chamada, está sendo investigada.   

Fonte:

MPSC

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