Mesmo sob ameaça de corte em salários, professores da rede estadual mantêm greve em SC

Reunião entre secretários de Estado e SINTE-SC ocorreu nesta terça-feira (30) e não teve acordo.

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Foto: Paulo Metling/NDTV
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Após reunião entre o SINTE-SC (Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Santa Catarina) e secretários de Estado na tarde desta terça-feira (30), os professores da rede estadual de ensino decidiram manter a greve que já chega a uma semana.

De acordo com o secretário da Administração Vânio Boing, o Estado apresentou diversas propostas à classe, incluindo a ” recomposição do auxílio alimentação”, mas para que ocorra uma nova negociação os profissionais devem retornar às atividades.

“Para que a gente possa voltar a qualquer diálogo com relação a proposta que o SINTE está fazendo, necessariamente, eles têm que voltar às atividades na quinta-feira [2] de manhã”, afirmou o titular da pasta.

O sindicato informou que 44% dos professores aderiram à greve, já o Estado afirma que apenas 15% dos servidores integram o movimento grevista. No ato desta terça-feira, segundo a PMSC (Polícia Militar de Santa Catarina) pelo menos 1.500 manifestantes participaram da mobilização.

Ainda segundo Boing, a medida reivindicada pelos professores é considerada “impraticável”. “O impacto financeiro da implementação da demanda da categoria gira em torno de 4,6 bilhões e isso seria impraticável de acordo com a Lei de responsabilidade fiscal”, defende o secretário.

Professores mantêm greve

Para o sindicato que representa a categoria, discutir uma nova proposta apenas após o fim da greve “não resolve”.

“O governo, mais uma vez, perdeu a oportunidade de apresentar uma proposta de reajuste e de valorização dos trabalhadores do estado, é isso que os trabalhadores estão esperando. O governo mantém a postura e alega que só com o fim da greve vai apresentar proposta. Isso não resolve”, pontua o coordenador do SINTE-SC, Evandro Accadrolli.

“A greve continua até o governo apresentar uma proposta concreta de reajuste e valorização”. No domingo (28) o Governo determinou algumas medidas contra os grevistas, entre elas o desconto das faltas injustificadas dos professores que aderiram à paralisação.

Também foi definida a contratação de professores temporários para a manutenção das aulas. O Executivo diz que Santa Catarina paga a maior média salarial da região Sul aos profissionais da educação, superior em cerca de 15% ao Paraná e aproximadamente 50% a mais do que o Rio Grande do Sul.

Greve na educação em SC: veja pontos cobrados pela categoria

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    Valorização da carreira, com a aplicação do reajuste do piso salarial em todos os níveis e a descompactação da tabela salarial;
  • Revogação integral do confisco de 14% das aposentadorias;
  • Garantia de hora atividade para todos os professores dos anos iniciais e segundos professores, com a luta pela sua extensão a todos os profissionais da educação.

Fonte:

ND+

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