Menina de 13 anos desaparecida há dois meses é encontrada em cativeiro em Santa Catarina
Adolescente foi resgatada em uma área de mata fechada na Grande Florianópolis - onde foi mantida em cárcere privado pelo ex-vizinho.
Uma menina de 13 anos que estava em cárcere privado há dois meses foi resgata no domingo (13), em uma área de mata fechada, na Guarda do Embaú, em Palhoça. Conforme a Polícia Civil, após receber informações do paradeiro da garota, os policiais conseguiram localizar o acampamento em que o suspeito estava com a vítima. O homem conseguiu fugir, após perceber a movimentação policial.
No acampamento foi apreendido um revólver calibre 32, com seis munições. Segundo a polícia, durante o período que foi mantida em cárcere, a vítima vivia acampada em condições precárias e insalubres.
Investigação de estupro
No ano de 2018, a DPCAMI de Palhoça instaurou inquérito policial para apurar se a menina foi vítima de estupro, quando tinha 12 anos. O suspeito, de 51 anos, era vizinho da criança na época do crime. Neste ano, no momento em que o suspeito soube da investigação, resolveu sequestrar a vítima e a manteve em cárcere privado por dois meses.
Segundo a Polícia Civil, as investigações terão continuidade no sentido de cumprir o mandado de prisão preventiva do homem.
Exames
A menina deve passar por exames no Instituto Geral de Perícias (IGP) e no Hospital Infantil Joana de Gusmão. A informação é do delegado Fabiano Rocha, da DPCAMI de Palhoça, responsável pela investigação. De acordo com o delegado, a menina terá contato com a psicóloga policial que atende ao caso.
Ainda segundo o delegado, a vítima teve os cabelos cortados pelo homem que a manteve em cárcere privado para dar uma aparência masculina. “Ela está assustada diante do que aconteceu, o que é natural“, afirma o delegado, que ressaltou que ela foi devolvida aos pais.
Suspeito
Conforme a Polícia Civil, o suspeito possui um histórico criminal com registro de ocorrências de furto, ameaça e violência doméstica e está com mandado de prisão preventiva ativo. Ele fugiu ao perceber a movimentação policial.
A operação foi feita pela Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE) da Polícia Civil, Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (DPCMI) de Palhoça, SOS Desaparecidos, PPT, 7º e 16º Batalhão da PM, além da Polícia Ambiental.