Maio Laranja: Passeio Ciclístico em Campos Novos quer chamar atenção para o combate ao abuso infantil

Dados sobre abuso infantil são alarmantes. Ações visam levar conscientização para a sociedade.

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Defender as crianças é urgente! De acordo com a Organização Mundial da Saúde, a cada 24 horas, 320 crianças e adolescentes são explorados sexualmente no Brasil. Porém, é ainda mais triste saber que este número pode ser maior, haja vista que nem todos os casos são denunciados. Os dados são lamentáveis e trazem o alerta para a luta pelo fim da violência sexual contra crianças e adolescentes. No Maio Laranja, mês de conscientização e combate acerca do tema, o município de Campos Novos vai empreender uma série de atividades voltadas ao tema: uma delas é o Passeio Ciclístico Fantasia Sobre Rodas, promovido pela Secretaria de Educação, que vai acontecer no sábado, dia 25, às 14h.

Apesar de todos os esforços, ainda é preciso reforçar a chamada para atenção e cuidados com as crianças, além de manter a vigilância para denunciar os casos que continuam a acontecer, mesmo no meio familiar. Casos como os que foram denunciados na Ilha do Marajó, no Pará, e mais recentemente no Rio Grande do Sul, nos abrigos das vítimas da enchente, devem sensibilizar sociedade e poder público para coibir e evitar que tais atos aconteçam.

A Superintendente da Educação Infantil de Campos Novos, Bruna Wilbert, que está por trás da ação, diz que toda a sociedade precisa se envolver e abraçar este tema, não apenas no mês de maio, mas também durante todo o ano. A profissional também diz que a equipe de educação também tem grande responsabilidade em se preparar para observar e ajudar as crianças e adolescentes que passam por isso.

Confira uma breve entrevista realizada com a superintendente de educação de Campos Novos.

1.Quais são as principais atividades e iniciativas que estão sendo realizadas nas escolas para conscientizar os alunos sobre a exploração infantil?

Além do Passeio Ciclístico que está sendo realizado com objetivo de chamar a atenção para o tema, diversas outras ações são realizadas pelas escolas como por exemplo o semáforo do toque, entre outras atividades que abordam o tema com uma linguagem adequada para cada faixa etária, também são realizadas palestras em parcerias com CRAS, CREAS e outras instituições.

2.Qual é o papel da educação na prevenção e no combate à exploração infantil, especialmente dentro do ambiente escolar?

Nossas escolas cumprem um papel que vai muito além do que somente transmitir conhecimento e preparar nossos alunos para as situações da vida, assumem também a função de ser um mecanismo de proteção, estando sempre vigilante para o bem estar físico e psicológico dos alunos e ainda orientando quanto a prevenção aos diversos tipos de violência.

3.Como os professores e funcionários das escolas estão sendo capacitados para identificar e lidar com possíveis casos de exploração infantil?

Os profissionais da educação recebem periodicamente formações sobre o tema, como a que ocorreu no início de 2024 com profissionais que atuam nos serviços de proteção dos direitos da criança e do adolescente Conselho Tutelar, CREAS e Ministério Público, além de campanhas que duram o ano todo como a que está em vigência com o título: Não se cale, Denuncie! Onde foram replicados em todas as unidades escolares material divulgando os números onde é possível fazer denuncia de casos de violência ou exploração infantil e ainda os profissionais da educação contam com o suporte da nossa Equipe Multiprofissional que conta com 2 Psicólogos e 1 Assistente Social.

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4.Quais são os recursos disponíveis para apoiar as crianças que possam estar em situações de vulnerabilidade ou que tenham sido vítimas de exploração?

Hoje nosso município conta com uma rede de apoio estruturada com profissionais para realizar encaminhamento e atendimento qualificado às crianças vítimas de exploração ou violência por meio do CRAS que atuam na prevenção e oportunizam também o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos, Conselho Tutelar, CREAS e o município possui uma Instituição de acolhimento para atender os casos específicos que sejam elegíveis para esse serviço e ainda as equipes multiprofissionais que atuam nas unidades escolares na prevenção, intervenção e acompanhamento de casos de exploração e violência.

5 Como a sociedade deve contribuir pra também combater a exploração infantil?

Conforme o ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente, é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Dessa forma todos precisam estar atentos a zelar pela segurança de crianças e adolescentes e que diante de algum tipo de violação de direitos tem o dever de denunciar, afinal que não denuncia também violenta, conforme a lei Nº 14.344 de 2022.

 Como este é o mês de campanha especial, o foco é alertar e chamar a população para participar deste movimento. O passeio ciclístico representa a união de pais, educadores, entidades e sociedade para ecoar o combate de algo tão prejudicial para as crianças e adolescentes. O encontro será no CEIM A Caminho do Futuro e finalizará na Praça Arlindo Bess na Rodoviária. Durante o passeio, serão oferecidos brinquedos infláveis, pipoca, algodão-doce, cachorro-quente, informa Bruna.

 


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