Júri: Manhã foi dos depoimentos das testemunhas, do réu e da fala da acusação
Júri: Manhã foi dos depoimentos das testemunhas, do réu e da fala da acusação
O júri de Vagner Fernandes do Nascimento, acusado de matar a jovem Mariane Telles em março do ano passado, começou ás 09h, desta sexta-feira, 26. Vagner é acusado de homicídio triplamente qualificado. Do lado de fora do fórum da Comarca de Joaçaba, onde o Tribunal do Júri se reuniu, um grande aparato de segurança foi montado pela polícia.
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Em entrevista antes do início do Júri, o advogado de defesa Álvaro Xavier afirmou que não estava buscando a absolvição do Réu, no entanto, trabalhava para uma pena justa de até 15 anos ou seja, buscando diminuir as qualificadoras dos crimes, principalmente quanto a acusação de estupro “enquanto defesa acreditamos que o Ministério Público exagerou. Para comprovar esse crime é necessário uma prova mais concreta e acreditamos num Tribunal do Júri imparcial ” afirmou o advogado.
A condução do Júri ficou a cargo do Juiz Márcio Umberto Bragaglia. Fazendo a acusação do réu, o Promotor Protásio Campos Neto. Para compor o Tribunal do Júri, foram sorteadas sete pessoas, sendo cinco mulheres e dois homens. Com o réu no plenário, foi feita a leitura dos autos do processo e iniciaram os depoimentos das testemunhas.
O primeiro a depor foi o Policial Juliano Pedrini, que participou das investigações. Ele fez um resumo do trabalho da polícia. Descreveu a frieza do réu, sempre muito tranqüilo durante os depoimentos. Segundo Pedrini, as contradições e o fato do réu dizer que não tinha celular intrigaram a polícia. Vagner disse que não tinha ido de carro ao trabalho, no SENAI onde o crime aconteceu, mas testemunhas viram ele no veículo que tinha na época. A polícia descobriu várias mensagens de um celular que estava no nome do pai de Wagner para Mariane, porém, o conteúdo não foi apurado. Pedrini falou que o réu assediava Mariane, mas que não era correspondido. O promotor perguntou se houve alguma relação entre os dois e o policial negou. Vagner teria tentado também assediar outra aluna do SENAI.
Pedrini definiu Vagner como um psicopata, inteligente, frio e cínico que criou uma cena do crime no local onde o corpo foi deixado, baixando as roupas de Mariane, que já morta foi arrastada por 300 metros mata a dentro no interior de Jaborá. Ele teria ido tomar café após enrolar o corpo em um tapete, para criar um álibi, depois correu até em casa para pegar o carro e levar o corpo.
A segunda testemunha a prestar depoimento foi o policial Manoel Alberto Silva, o Maneco. Ele confirmou que o veículo do réu foi flagrado por uma câmera de segurança no dia do crime se deslocando em direção a Jaborá, por volta das 15h15. Vagner teria matado Mariane após ela começar a gritar dentro da sala no SENAI, após o assédio. Ele teria derrubado a menina, colocado os pés nas costas dela e puxado o laço do fio de naylon até asfixiar a vítima.
Por volta das 10:40h foi a vez do Réu Vagner Fernandes do Nascimento dar a sua versão dos fatos. O Juiz fez as perguntas. Ele assumiu que matou Mariane, mas negou o estupro. Diz que naquele dia, como ela sempre ia comer sementes de girassol, ela foi até a sala, não teria sido convidada por ele. Diz que começaram a conversar e foi então que Mariane teria dito que queria ficar com o réu, mas ele falou que era casado. Ela teria dito que ia estragar o casamento dele, e que se não ficasse com ela não ficaria co