O Prefeito de Jaborá, Luiz Nora, divulgou nesta segunda-feira, 22, uma carta sobre o processo de cassação que está sendo alvo. Na nota, Nora afirma que a acusação que me fazem nesse momento, tem um caráter puramente político e não reflete a verdade dos fatos. O Prefeito alega que a contratação da filha para um cargo na prefeitura não foi ilegal.

Leia a nota na íntegra: Carta ao Povo Jaboraense, Sinto-me à vontade para dirigir a você algumas palavras sobre o que está acontecendo em nosso município. Como você tem acompanhado, nos últimos dias, a cidade tem sido palco de um verdadeiro combate. Uma batalha em que não haverá vencedores, mas que terá um único perdedor, que aliás, já está perdendo: o nosso Jaborá. Muito têm-se falado e escrito na mídia, se tem comentado nas ruas, mas ainda faltam dizer coisas muito importantes sobre esse assunto tão discutido. Você tem visto a nossa cidade mudada. Quem observa Jaborá, com olhos de quem vê as coisas como elas realmente são, percebe que obras estão sendo feitas, melhorias estão sendo realizadas e o povo está mais contente. Não posso aqui dizer que isso aconteceu por causa das ações da administração, quando o mérito deve ser dado à aqueles que acreditaram que fazer melhor era possível e de fato está sendo. Você se lembra há quanto tempo a população pedia pela compra das máquinas tão importantes para fazer o trabalho nas propriedades? Há quanto tempo esperávamos pela construção das pontes que agora foram feitas? O quanto esperávamos que a Secretaria da Saúde tivesse condições de atender a população da forma que precisamos? Tudo isso está sendo feito, contrariando até os que menos acreditavam em nossa administração. Todo esse trabalho está sendo menosprezado em favor de uma discussão que afeta negativamente a imagem do nosso município. O nome de Jaborá está novamente manchado, mas desta vez por conta de interesses que não são os do nosso povo. A acusação que me fazem nesse momento, tem um caráter puramente político e não reflete a verdade dos fatos. A contratação da funcionária Jadinei Terezinha Nora, conhecida de todos vocês, foi feita dentro dos parâmetros entendidos por nós como legais. Não falo aqui de minha filha. Falo de uma servidora deste município, efetiva há 12 anos e que havia sido discriminada e perseguida por não ter sido chamada a prestar o trabalho que efetivamente era de direito seu. Preferiram nomear quem não estava habilitada ao trabalho do que nomear a filha de um adversário político, pra fazer prevalecer uma rixa que não leva a nada, como estão fazendo novamente neste momento. Mesmo recebendo o documento do Ministério Público para que esta situação fosse regularizada, na época, eles preferiram continuar agindo conforme a sua própria vontade e nós, apesar de indignados, ficamos calados. Mas agora, esses fatos não são citados. Eles preferem não apresentar a totalidade dos acontecimentos. A versão que vem à tona é apenas a que eles querem que o povo acredite que seja verdade, quando não passa de uma imagem distorcida da realidade. Dói saber que estou sendo julgado com tamanha soberba por causa de uma reles situação burocrática que NÃO DEU UM CENTAVO DE PREJUÍZO AOS COFRES PÚBLICOS. Tenho orgulho de sair às ruas e ir nas comunidades. Fico feliz em conversar com as pessoas e ouvi-las contar sobre as obras que foram feitas e que melhoraram as suas vidas. Quando elas falam da necessidade que tinham de uma administração que saísse da prefeitura e fosse buscar nos anseios do povo a sua base de trabalho sinto em mim a emoção do dever cumprido. E isso nós fizemos, minha gente. Diária e incansavelmente nos últimos dois anos. Digo diariamente porque quem nos conhece sabe que seja segunda-feira ou domingo, nunca nos furtamos atender a alguém que nos procurasse. Agora, querem tirar da Prefeitura aqueles a quem o povo escolheu para administrar o município trabalhando e lutando para que o nosso Jaborá se desenvolva e ofereça o melhor para os seus cidadãos. Os mais de 30 anos de vida pública me ensinaram que é preciso saber conviver com as adversidades. Nem sempre se ganha. Mas quando se perde, é preciso saber reconhecer as vontades do povo. Não se faz justiça roubando a esperança que o eleitor depositou na urna, nem decidindo entre quatro paredes aquilo que a maioria escolheu com tanta convicção e apego. Já perguntaram a você qual a sua opinião sobre isso? Alguém perguntou como você acredita que os vereadores devem votar nesse caso? Claro que não. Isso não importa a eles. O que eles querem desde o início é a desforra. Querem uma eleição antes da hora. Querem ganhar a prefeitura como se fosse um troféu para exaltar o seu ego. Vamos fazer prevalecer a verdade. Vamos mostrar que a vontade dos jaboraenses é soberana e que seremos capazes de vencer as adversidades, mais uma vez, e colocar o nome de Jaborá no lugar que o município merece. Acredito na justiça do direito e não na justiça dos que se valem dela para a satisfação dos seus pr óprios interesses. Acredito que as minhas faltas serão julgadas, um dia, não por aqueles que desejam o poder pelo poder, mas sim, por aquele a quem verdadeiramente confio. Que Deus abençoe a todos, especialmente aqueles que mais precisarem. Assinado, Luiz Nora Cidadão de Jaborá