Identificados irmãos mortos na frente de filhos em pousada de SC; um recebeu mais de 30 tiros
Polícia já trabalha com uma linha de investigação para o duplo homicídio.
Ronaldo Rosa Júnior, de 28 anos, e Guilherme Rosa, de 26, foram os irmãos assassinados com dezenas de tiros em uma pousada em Imbituba, no Sul catarinense. O crime ocorreu na madrugada de segunda-feira (6).
Segundo o delegado Juliano Baesso, responsável pela investigação, os irmãos dormiam com as esposas e filhos quando foram mortos. No local, havia uma criança de 2 anos e outra de 5, além de um bebê de 8 meses.
“Ao que tudo indica, três masculinos fortemente armados pularam o muro e entraram na casa, que estava com a porta aberta. Um dos irmãos estava dormia com a família na sala e outro no quarto. Um masculino, então, ficou na sala e o outros dois foram direto para o quarto. E assim que avistaram as vítimas atiraram ao mesmo tempo”, detalhou.
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A investigação aponta ainda que os suspeitos estavam encapuzados e trajados com roupas pretas. Além disso, portavam uma pistola 9mm e um deles um fuzil.
“As crianças estavam dormindo entre a mãe e o pai. Inclusive, percebemos que os tiros foram bem próximos, por pouco não foram atingidas, porque a bebê estava cheia de marcas pretas na perna, provavelmente de alergia ou estilhaço de pólvora que saltou”, contou o delegado.
Do Paraná
Os irmãos mortos eram naturais de Londrina (PR), mas residiam há cerca de seis meses em Santa Catarina, um deles em Itapema, no Litoral Norte do Estado, e outro em Florianópolis.
Conforme investigação, os dois estavam sendo investigados por tráfico de drogas e posse ilegal de arma no estado vizinho.
Uma das esposas relatou ainda à Polícia Civil que eles se mudaram, justamente, após ser alvo de uma operação policial no Paraná.
“A primeira linha de investigação é sempre o relacionamento desses indivíduos com o tráfico e arma de fogo, até por terem encontrado uma arma no local e por ter conhecimento de quem eles foram investigados no Paraná”, revelou Baesso.
Crime chocou vizinhos
Segundo a Polícia Civil, a casa, onde ocorreu o crime, foi alugada por dois amigos das vítimas, moradores do Paraná. Eles teriam indo viajar para o estado vizinho e emprestaram a casa para que os irmãos passassem o fim de semana com a família.
Na madrugada do crime, os vizinhos escutaram dezenas de disparos vindos do local. A versão foi confirmada pela investigação.
“Ainda não recebemos a autópsia do IML, mas no local já deu pra ver que as vítimas realmente receberam dezenas de disparos. A maioria deles na cabeça, bem típico de execução. Uma das vítimas posso afirmar que recebeu mais de 30″, disse o delegado.