A Justiça condenou Edson Mandelli, o Eto, a 15 anos de prisão em regime inicialmente fechado, por homicídio qualificado, utilizando de recurso que dificultou ou impossibilitou a defesa da vítima e por motivo fútil. O julgamento foi realizado no Tribunal do Júri do Fórum da Comarca de Videira e teve duração de mais de nove horas.

Eto foi condenado por matar com três tiros a queima roupa, em 24 de janeiro deste ano, o comerciante Edson Gavasso, 36 anos na época do crime. Eto teria parado ao lado do automóvel da vítima, um Golf, e disparado os tiros que acertaram a orelha, o crânio e o pescoço da vítima, fugindo logo após. Sentado no banco dos réus, ele disse no julgamento que tinha ciúmes da esposa, que supostamente era cobiçada por Gavasso, e que não lembrava quantos tiros havia disparado. A vítima foi ainda encaminhada ao Hospital Salvatoriano Divino Salvador (HSDS) em estado grave, ficando internado na UTI.Dois dias depois e quatro paradas cardíacas, Gavasso apresentou morte cerebral. O laudo do legista do IML, apresentado em fevereiro, do IGP de Videira, apontou que a causa da morte do autônomo foram os ferimentos provocados pelos três disparos de revólver. Os trabalhos foram presididos pelo juiz da Vara Criminal, Cláudio Barbosa Fontes Filho. Atuou na acusação o promotor Guilherme Luiz Lutz Morelli. O réu foi defendido pelo advogado Élcio Ortigara. A viúva de Gavasso, Ana Cláudia Machado, não foi encontrada para falar do caso. O Crime O crime aconteceu por volta das 14:30 horas do dia 24 de janeiro deste ano, na rua Maria Dallazen, na Vila Verde. Gavasso teria ido até o local cobrar uma conta de um freguês e, quando voltava do local, teria cruzado com Mandelli, que parou ao lado do carro e disparou três vezes, lhe acertando o crânio, o ouvido e o pescoço. Ainda vivo, ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros Comunitários e levado para o HSDS, onde ficou por dois dias em estado de coma, na UTI. Lá, teve quatro paradas cardíacas antes de morrer.