Fabiano Junior Garcia, o policial militar que matou oito pessoas, nas cidades de Toledo e Céu Azul, no Oeste do Paraná, mandou um áudio para família antes de tirar a própria vida.

No áudio, o militar pede desculpa aos familiares e fala sobre o que motivou a chacina. Fabiano também cita que não aceitava que a esposa estava a fim de terminar o relacionamento e que vivia uma situação difícil financeiramente.

“Família me desculpa, me desculpa, mas eu não ia conseguir viver sem a Kassiele. Ela já não estava mais suportando o jeito que eu lidava com ela”, diz.

Também alega que a esposa não fazia mais questão de continuar o relacionamento entre os dois. Além disso, cita problemas psicológicos e com jogos. “Entrei em um momento de depressão, entrei nesse maldito jogo como válvula de escape para a depressão e me distanciei dela”.

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Crime

Fabiano trabalhava no 19ª Batalhão de Polícia Militar de Toledo há 12 anos. Ele saiu do plantão por volta das 19h desta quinta-feira e, segundo a polícia, foi até em casa e matou a esposa e a enteada de 12 anos. Depois foi até a casa da mãe dele, onde a matou com facadas. Já o irmão dele foi morto com tiros.

Em seguida, a suspeita é que ele tenha se dirigido para Céu Azul, onde matou com tiros os dois filhos que moravam com a avó materna. Depois o homem retornou para Toledo e, conforme a polícia, tirou a vida de dois jovens aleatórios que estavam passando pela região, de 17 e 19 anos. Por fim, o policial tirou a própria vida.

O Coronel Hudson Leôncio Teixeira, comandante-geral da Polícia Militar, informou que o policial enviou diversas mensagens para os familiares no intervalo entre as mortes. Assim que tomou conhecimento dos crimes, agentes da corporação tentaram prender Fabiano antes que ele retornasse para Toledo onde ainda matou a mãe, o irmão e outros dois jovens.

Nota da Polícia Militar do Paraná

“A Polícia Militar está consternada e lamenta profundamente o ocorrido nas cidades de Toledo-PR e Céu Azul-PR.

O policial militar que prestava serviços no 19º Batalhão em Toledo não tinha histórico de problemas psicológicos e atuava como motorista do Coordenador do Policiamento da Unidade.

Desde dezembro de 2020 a região conta com o apoio do programa PRUMOS, que disponibiliza atendimento psicológico aos militares, com profissionais contratados para atuar nas Organizações Policiais Militares.”