Homem encontrado morto em Ipira teve o pescoço cortado e levou aproximadamente 40 facadas

A autora se apresentou a polícia, confessou o crime e alegou que era mantida em cárcere privado e sofria ameaças.

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(Imagem Ilustrativa)
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Alexandre José Souza de Oliveira, 33 anos, foi morto com mais de 40 facadas, inclusive uma que cortou seu pescoço. A autora do crime era sua companheira, que alegou ser vítima de violência e ameaças. O corpo do homem foi encontrado no final da tarde desta terça-feira, dia 12, no interior de Ipira, mas o homicídio aconteceu dentro de um apartamento na vizinha Piratuba, no último dia 4.

Segundo o Delegado Gilmar Bonamigo, que comanda as investigações do caso, na última terça-feira, dia 12, a Polícia Civil foi surpreendida pela informação de uma advogada que tinha a informação de onde estaria o corpo da vítima. A autora do crime, antes mesmo do fato ser descoberto, procurou a advogada e solicitou que entrasse em contato com a polícia e repassasse a informação do que ela teria cometido.

Com a informação do local exato onde estaria o corpo, policiais da Divisão de Investigações Criminais (DIC) se deslocaram até a Linha Santana, interior de Ipira, onde encontraram o corpo da vítima na beira da estrada, enrolado de uma lona plástica e num cobertor.

O laudo definitivo da necropsia feita pela Polícia Científica ainda não está pronto, mas o delegado Bonamigo adiantou que em conversa com o médico legista foi possível perceber a violência do crime.

O médico informou que a vítima teve o pescoço cortado por uma faca, golpe que atingiu uma artéria, o corpo apresentava entre 40 e 50 golpes de faca, todos superficiais, o que indica que o golpe fatal foi o desferido no pescoço.

A advogada da autora informou que ela iria se apresentar, o que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 13. Durante o interrogatório a mulher confessou o crime.

Segundo a autora, o fato aconteceu em seu no apartamento, no centro de Piratuba. O imóvel passou por uma perícia no final da tarde da quarta-feira e foram encontrados indícios que demostraram que o crime foi realmente cometido no local.

Ajuda do ex-companheiro para esconder o corpo

As investigações mostraram que o crime ocorreu após uma discussão entre a autora e a vítima, na madrugada da quarta-feira, dia 4, o homem foi morto por volta das 4h.

Após analisar o local e ouvir a vítima, os policiais concluíram que sozinha ela não poderia ter levado o corpo até o local onde ele foi deixado. Ela então confirmou que o ex-companheiro, com que tem um filho pequeno, foi quem ajudou a transportar o corpo.

Ela disse que ele não teve participação no homicídio, que ajudou a retirar o corpo do local. Em um primeiro momento, para evitar que a criança visse o corpo, os dois enrolaram o cadáver em um cobertor e levaram até o box do banheiro, deixando lá até que fosse retirado na noite seguinte e levado até o local onde foi encontrado.

O ex-companheiro se apresentou nesta quinta-feira na delegacia de Catanduvas, confirmou que ajudou a ocultar o corpo, mas que não teve participação no homicídio.

Motivações

Ainda segundo o delegado, a mulher alegou que cometeu o crime após ser vítima de cárcere privado e sofrer seguidas ameaças da vítima, tendo como alvo inclusive o filho dela.

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Por hora, ambos respondem pelo crime em liberdade, o que pode ser mudado a qualquer momento com o andamento do inquérito.

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