Hepatites

Hepatites

, 101 visualizações
Sem imagem
pp_amp_intext | /75894840,22657573340/EDER_LUIZ_AMP_02

Foi aprovada por unanimidade pelos vereadores durante a sessão desta terça - feira (19) a indicação nº 066/2011 do vereador Junior Arenhart (PP) para instituir a Campanha Permanente de Esclarecimento e Prevenção do Contágio de Hepatite dos Tipos B e C, voltada á profissionais de salões de beleza e estabelecimentos congêneres.

O vereador afirmou que assistindo ao programa Fantástico da Rede Globo no último domingo se ateve a uma reportagem que abordava a importância dos cuidados para evitar o contágio da Hepatite em salões de beleza. Para destacar a importância desta campanha, o vereador apresentou uma pesquisa destacando que a hepatite é uma doença que causa inflamação no fígado e que muitos portadores do vírus só descobrem depois de anos de infecção, dificultando assim seu tratamento, o que, muitas vezes, pode ocasionar o óbito. “A doença pode ser aguda ou crônica, podendo ser de natureza viral, auto-imune ou, por uma reação a álcool, drogas e medicamentos. A hepatite B não apresenta sintomas, ficando encubada por até 20 anos. A transmissão é realizada pelo contato sanguíneo e também relações sexuais, e, certamente, a prevenção é a principal arma contra a doença que atinge o fígado e que, conforme a gravidade pode levar o doente a ter que realizar um transplante”. Uma pesquisa realizada no Estado de São Paulo, orientada pelo médico Roberto Focaccia, infectologista e uma das maiores autoridades em hepatite no Brasil, constatou que salões de beleza são importantes focos de transmissão de hepatite B e C, verificando-se também que, as manicures fazem parte do grupo de risco de pegar a doença, e que infelizmente muitas destas profissionais não adotam as medidas de segurança necessárias para evitar o contágio e sequer sabem dos riscos de saúde relacionados à atividade que exercem.O resultado desta pesquisa avaliou esses profissionais ao longo dos anos de 2006 e 2007 e seu resultado foi surpreendente e alarmante, pois, de cem manicures entrevistadas e que tiveram o seu sangue colhido para análise, 10 (dez) tinham hepatite, sendo oito do tipo B e duas do tipo C, nas formas mais graves da doença. Também ficou constatado que somente 26% das profissionais entrevistadas faziam esterilização dos instrumentais com autoclave, que é o método considerado mais seguro, mas que ninguém sabia utilizar o equipamento adequadamente. Cinqüenta e quatro por cento das entrevistadas utilizavam estufa, mas a grande maioria não sabia o tempo e a temperatura corretos para esterilizar os materiais. Assim, 8% usavam o tradicional “forninho” de cozinha, que é totalmente inadequado, e 2% simplesmente não utilizavam nenhum método de esterilização. Somente 8% faziam a limpeza dos instrumentais antes de esterilizá-los, e mesmo assim, de forma inadequada. Finalmente, 20% apenas disseram que usam luvas no trabalho, mas verificou-se que apenas 5% utilizavam-se da proteção. Assim, de 100 manicures entrevistadas, 72% desconheciam totalmente as formas de transmissão de hepatite B, e 85% não sabiam como se pega hepatite C. Noventa e três por cento desconheciam formas de prevenção contra o tipo B, e 95%, contra o tipo C. e finalmente 45% acreditavam que não transmitiriam nenhuma doença a seus clientes. A enfermeira Andréia Cristine Deneluz Schunck de Oliveira, do Instituto Emílio Ribas, também responsável pela pesquisa, alertou que essas profissionais também usam o mesmo instrumental de trabalho para tirar a sua própria cutícula e, como na maioria das vezes não adotam os cuidados adequados, provavelmente poderiam estar se contaminando com a hepatite e transmitindo o vírus para suas clientes. Por fim, o estudo realizado ainda apontou que 74% das profissionais não têm imunização contra a hepatite B, embora a vacina esteja disponível para esta categoria profissional, gratuitamente Sistema Único de Saúde (SUS). O vereador Arenhart destacou que a prevenção é sempre o meio melhor e mais eficaz para evitar a sua propagação, e, neste sentido, uma atitude correta a adotar pelos próprios freqüentadores destes locais é de levar, para sua própria segurança, o material de higiene para a manicure, evitando assim, qualquer risco de contaminação pelo vírus que causa a hepatite para ambos. Assim, o foco desta campanha é abordar junto a estas profissionais, que, na maioria das vezes desconhecem por completo os riscos de contágio da doença, todos os meios de prevenção que devem adotar para sua própria segurança, como o uso de luvas, manutenção de seus instrumentos de trabalho, como alicates, lavados com água e sabão, bem como esterilizados corretamente, além do uso de lixas e palitos descartáveis, sendo que todas as normas de higiene devem ser conhecidas e respeitadas nos salões de beleza.

Notícias relacionadas