Grupo voluntário organiza encontros com dança e tira mulheres da rotina diária

Um grupo voluntário está tirando muitas mulheres da rotina e promovendo saúde em Herval d´Oeste.

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Dona Elza diz que os encontros quebram a rotina diária.
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Um grupo voluntário está tirando muitas mulheres da rotina e promovendo saúde em Herval d´Oeste. Três vezes por semana o ginásio do bairro Santo Antônio é aberto à noite para receber a turma, que foge do stress e movimenta o corpo através da dança. São aproximadamente 80 participantes, das mais variadas idades e classes. O espaço fica cheio e a animação é grande durante os encontros, que são embalados pelos mais variados ritmos musicais. O sucesso do trabalho é medido pelos sorrisos nos rostos e pela satisfação das participantes.

Dona Elza Maria, 58 anos, é uma delas. Com muita vitalidade e motivação, conta que a atividade é uma quebra na rotina diária de trabalhos domésticos. Essa atividade, não só para mim, mas para todo esse pessoal é Vida! Você passa o tempo todo só em função do trabalho e casa, então, através da dança, é uma forma da gente ter uma atividade saudável para toda a comunidade aqui do bairro. Queremos que continue com mais incentivo e pessoas que venham para somar com a gente. O trabalho está sendo realizado pelo Grupo Capoeira Brasil. Segundo Adriano de Matos, que coordena o grupo, a dança teve início após a constatação de que as mães e mulheres de vários bairros de Herval não tinham atividades voltadas para elas. A dança aconteceu de repente. As mães levavam os alunos na capoeira e sempre perguntavam se não tinha nada para elas, para sair de casa e quebrar a rotina. Me comprometi em achar algo e fui em vários profissionais habilitados, mas todos diziam que não era possível fazer isso de forma voluntária, já que estaria desvalorizando eles. Eu não desisti! Busquei o Paulinho, que sempre fez trabalho voluntário com dança, mesmo não sendo habilitado, mas conhecendo. Expliquei e ele aceitou ser voluntário. Paulinho é um velho conhecido do mundo da dança na região, já tendo participado de vários festivais como dançarino e coreógrafo e sempre envolvido em causas comunitárias. É ele quem dita o ritmo durante os encontros. Os amigos não esperavam tanta repercussão e procura por parte das mulheres. Na primeira aula que fizemos no bairro Rupp eram apenas três mulheres, mães de alunos da capoeira. Na terceira aula já eram mais de 30 participantes dentro do pavilhão e cada vez mais elas vinham de todos os bairros. Pela grande procura tivemos que encontrar outro lugar e foi então que montamos aqui no Santo Antônio e está sendo um sucesso. Destaca Adriano. Um dos problema encontrados pelo grupo é a falta de apoio por parte de alguns setores da comunidade e iniciativa pública. Mesmo reunindo tanta gente e proporcionado uma atividade com ganhos para a saúde, são poucas as pessoas que se juntam a causa para somar e fazer crescer a iniciativa. Ao invés das pessoas criticarem por que não abraçam a causa? Sei que o Paulinho  não é habilitado, como falei ele é uma pessoa que se dedica e não vejo mal nisso e faz um trabalho legal. Por que quem é habilitado não vem aqui e dá um estímulo ao grupo, orienta e ajuda ele? Questiona Adriano. Mesmo diante de alguns percalços o grupo se mantém unido e vê na motivação das mulheres a força para continuar. Outro fator de motivação é a possibilidade de ajudar até mesmo quem não está participando diretamente dos encontros. Não cobramos nada de quem participa. Aproveitamos que este grupo é grande e realizamos campanhas do agasalho, arrecadação de alimentos, ajudamos até os alunos e alunas. Ninguém quer se promover aqui, somente continuar o trabalho e dar uma motivação as pessoas. As atividades acontecem todas as segundas, quartas e sextas, a partir das 19h30. Quem quiser ajudar o grupo ou participar dos encontros será sempre bem vindo.    

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