Gasolina atinge maior preço em SC desde 2004

Preço da gasolina ao consumidor subiu 0,47%. É o sétimo aumento semanal consecutivo.

, 448 visualizações
pp_amp_intext | /75894840,22657573340/EDER_LUIZ_AMP_02

A cada semana o preço médio da gasolina em Santa Catarina atinge novos patamares. Entre os dias 7 e 13 de outubro não foi diferente. O preço médio do combustível vendido nas bombas chegou a R$ 4,345 no Estado, de acordo com o levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Esse é o maior valor desde que iniciou a série história da ANP, em 2004. 

Este é o sétimo aumento semanal consecutivo. O preço da gasolina ao consumidor subiu 0,47%, para R$ 4,722, e renovou a máxima do ano. A ANP chegou a encontrar o litro da gasolina vendido a R$ 6,290 em alguns estados.

A alta foi registrada apesar da Petrobras ter reduzido o preço da gasolina vendida às distribuidoras em 3,02% no período, de R$ 2,2159 em 5 de outubro para R$ 2,1490 no dia 12 do mesmo mês.

A pesquisa também mostrou que o preço do diesel avançou 1,23% na semana. O litro do combustível chegou a R$ 3,712. Também foi o sétimo aumento consecutivo.

Já o preço do etanol teve alta de 1,64%, para R$ 2,914.

Em Santa Catarina

O representante do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Santa Catarina (Sindipetro), Reinaldo Francisco Geraldi, explica que há alguns anos o governo interferia diretamente no preço da Petrobras, o que congelava os valores. Desde julho do ano passado, a estratégia adotada pela Petrobras foi a de corrigir diariamente o preço da gasolina nas refinarias com base no valor de mercado do petróleo internacional. Além disso, a própria inflação explica esse aumento gradativo. 

Mas nestes últimos meses, diz Geraldi, a alta do barril de petróleo e do dólar impactaram nos preços nas bombas. Para o representante do Sindipetro, os aumentos devem continuar até o fim do ano, já que agora começa o período de entressafra do etanol, que responde por 27% do produto, o que pode impactar nos preços. 

Apenas no último mês, dos levantamentos de 8 de setembro a 7 de outubro, o aumento foi de 4,7% em SC. O preço médio das bombas saltou de R$ 4,148 para R$ 4,345, um acréscimo de R$ 0,197 por litro. Isso significa que antes, para encher o tanque de um carro com capacidade para 50 litros, gastava-se R$ 207,40. Agora, com o aumento, passa para R$ 217,25, ou seja, o consumidor precisa desembolsar, em média, R$ 9,85 a mais por tanque. 

Nos dois últimos levantamentos (de 6 de outubro e da semana passada), o valor do combustível subiu de R$ 4,330 para R$ 4,345 no Estado. Na semana passada, o menor preço encontrado no Estado foi em um posto em Itajaí, que vendia o combustível a R$ 3,999. O maior preço foi registrado em um posto em Mafra, onde a gasolina era vendida a R$ 4,899. 

Dos preços médios, Itajaí tinha o mais baixo entre as cidades pesquisadas em SC, R$ 4,177, seguida por Biguaçu, com R$ 4,199. Já Concórdia apresentava o mais alto: R$ 4,678. Depois vem Mafra, com R$ 4,554. Em Florianópolis, o preço médio registrado pela ANP foi de R$ 4,383, sendo que o mais baixo encontrado na Capital na semana passada foi R$ 4,199 e o mais alto, R$ 4,698.

Em Santa Catarina, desde 26 de maio, com a greve dos caminhoneiros, o preço da gasolina chegou a R$ 4 e não saiu mais deste patamar. No país, de acordo com dados colhidos pela ANP em aproximadamente 5,7 mil postos, a gasolina encerrou a semana passada com valor médio de R$ 4,722 por litro - no levantamento anterior era R$ 4,700. O valor médio da gasolina vendido nos postos brasileiros subiu em 22 estados brasileiros. Apenas em Alagoas, Distrito Federal, Minas Gerais, Rio Grande do Norte e em Sergipe houve recuo.

O valor representa uma média calculada pela ANP e, portanto, pode variar de acordo com a região.

pp_amp_intext | /75894840,22657573340/EDER_LUIZ_AMP_03

No acumulado do ano, o preço da gasolina subiu 15,20%, o diesel avançou 11,61%, e o do etanol registrou pequeno aumento de 0,07%.

Fonte:

Com informações de G1 e Diário Catarinense

Notícias relacionadas

Vitória de Trump pode abrir mercado a exportações de SC, diz FIESC

Trump deve taxar produtos chineses, abrindo espaço para exportações catarinenses e brasileiras.