Funcionários dos Correios suspendem paralisação em todo o país

Estatal diz que ações já foram implementadas para que as entregas sejam normalizadas 'o mais rápido possível'.

, 207 visualizações
pp_amp_intext | /75894840,22657573340/EDER_LUIZ_AMP_02

Os funcionários dos Correios decidiram em assembleias realizadas na noite desta terça-feira (17) suspender em todo o país a paralisação iniciada no último dia 10, aceitando a proposta do Tribunal Superior do Trabalho (TST) de prorrogação do atual acordo coletivo da categoria até a data do julgamento do dissídio.

Os trabalhadores, entretanto, decidiram manter o chamado estado de greve até o julgamento do dissídio coletivo, marcado para 2 de outubro. Neste momento, com a negociação já ajuizada e sem garantias de novos acordos até a data do julgamento, é necessário manter o diálogo e intensificar os movimentos e atos públicos na defesa dos Correios e na luta contra a privatização, afirmou a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect).

No último dia 12, o ministro do TST Maurício Godinho Delgado já havia determinado que 70% dos funcionários dos Correios voltassem ao trabalho.

Em nota, os Correios destacaram que a suspensão da paralisação foi a condição para que a empresa aceitasse a proposta do TST de manter as cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2018/2019 até a data do julgamento do dissídio coletivo.

A empresa espera chegar a um entendimento razoável sobre o ACT 2019/2020, com a confiança de que o Tribunal reconhece a importância de, neste momento, retomar o equilíbrio financeiro de uma empresa tão estratégica quanto os Correios, afirmou.

Segundo a estatal, já foram implementadas medidas para que o fluxo postal e as entregas sejam normalizados o mais rápido possível, incluindo o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação e a realização de mutirões nos fins de semana.

A rede de atendimento dos Correios está aberta em todo o país e os serviços, inclusive SEDEX e PAC, continuam sendo postados e entregues em todos os municípios, informou a empresa, que classificou a paralisação dos últimos dias de parcial.

Reivindicações dos grevistas

A categoria pede reposição da inflação do período e é contra a privatização da estatal, incluída no mês passado no programa de privatizações do governo Bolsonaro.

Os trabalhadores querem também a reconsideração quanto à retirada de pais e mães do plano de saúde, melhores condições de trabalho e outros benefícios.

Se não fosse a greve, a direção da ECT manteria a intransigência, não negociaria e se aproveitaria da reforma trabalhista, que acabou com a ultratividade (manutenção do acordo até que outro seja assinado). E passaria a aplicar só o que está na CLT. Ou seja, daríamos adeus a vários direitos com o adicional de férias, o anuênio, o ticket peru e outros, disse, em nota a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect).

A direção dos Correios informou ter participado de dez encontros com os representantes dos trabalhadores para apresentar propostas dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado na ordem de R$ 3 bilhões.

pp_amp_intext | /75894840,22657573340/EDER_LUIZ_AMP_03

Os Correios buscaram construir uma proposta de acordo coletivo de trabalho dentro das condições financeiras suportadas pelo caixa da empresa. As federações, por sua vez, reivindicam vantagens impossíveis de serem concedidas no atual momento da empresa e da própria economia do país, afirmou a estatal.

Fonte:

G1

Notícias relacionadas

Jorginho Mello abre a 12ª reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste

Juntos, os estados das regiões Sul e Sudeste representam mais de 114 milhões de brasileiros e respondem por cerca de 70% do PIB nacional.

Adolescente de 14 anos mata amigo com tiro na cabeça sem querer em MG

Os dois estavam brincando com a arma do pai da vítima, que foi preso por omissão de cautela e posse ilegal de arma de fogo.

PF indicia Bolsonaro e mais 36 pessoas inquérito sobre tentativa de golpe

Ex-presidente vai responder por tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa.

Grande investimento: BRF compra fábrica na China

Aquisição foi feita por US$ 43 milhões e companhia investirá mais US$ 36 milhões para expansão.